A relevância de uma infância saudável na formação do cidadão brasileiro

   Na produção cinematográfica “Precisamos falar sobre o Kevin”, a personagem Eva não desejava ser mãe, entretanto, seu marido Franklin incita o desejo da maternidade. Assim, Kevin, filho do casal, nasce sem o afeto de sua progenitora e com possíveis sinais de psicopatia notados por Eva. Por falta de assistência psicológica, o garoto desenvolve atos cruéis e apáticos, consequentemente, se tornando autor de um massacre em seu colégio e assassinato. De maneira análoga à ficção, assim como Kevin, muitas crianças não vivenciam uma infância saudável por conta da negligência parental ou traumas, resultando em problemas futuros.

  “Eduquem as crianças  e não será necessário castigas os homens”, a famosa frase de Pitágoras – matemático grego – é essencial para o entendimento da importância da criação saudável na educação infantil. Nesse sentido, a família é o primeiro contato social de um cidadão, sendo inevitável a inserção de hábitos e questões morais na vida cotidiana. Dessa forma, preparando o indivíduo para conviver diante da lei e sob efeitos dela, no entanto algumas famílias negligenciam esses aspectos ao não dar o suporte devido à essas crianças.

Sob tal ótica, segundo a Constituição Federal de 1988 – artigo 6 – é direito social a proteção à infância. Todavia, tal direito social é violado constantemente pela violência advinda do abuso sexual. As sequelas desse crime são presentes no cotidiano das vítimas, acarretando na dificuldade de se relacionar socialmente com outras pessoas.

Portanto, visando a saúde mental dos afetados, faz-se mister salientar medidas cabíveis com o intuito da solução dessa problemática. Dessa maneira, cabe ao Estado universalizar programas de assistência social aos desamparados, como o fácil acesso a psicológos, através de verbas governamentais. Ademais, vale ressaltar a conscientização das famílias diante da mudança de comportamento das crianças, assim sendo, prevenindo a agração de problemas futuros.