A questão dos Refugiados

A novela “Órfãos da Terra” da Rede Globo conta a história de milhares de pessoas de diversas nacionalidades que imigraram para o Brasil em busca de melhores condições de vida. Não distante da ficção, no Brasil, o número de refugiados cresce cada vez mais, em virtude de conflito armados e a busca por melhores condições de trabalho. Tais fatores têm como consequência países em desenvolvimento sobrecarregados e a dificuldade de integração social.
A priori, no ano de 2019 a Rede Globo lançou a campanha “O meu país é a terra: homenagem ao dia dos refugiados” que falava a respeito da luta dos refugiados sobre encontrarem um país para se fixar. Neste sentido, no mesmo período, haviam conflitos armados nos territórios da Síria, Sudão do Sul, e muitos outros, resultando na fuga de milhares de refugiados. Em virtude da chegada de imigrantes em massa, diversos países europeus fecharam suas fronteiras. Diante disso, esses imigrantes buscaram abrigo em países subdesenvolvidos, que, por sua vez, não tem recursos para abrigá-los. Esse fator é preocupante, pois os países em desenvolvimento estão sobrecarregados por assistir 86% dos refugiados, enquanto os países desenvolvidos ficam responsáveis por apenas 14%, de acordo com a ONU.
Em segunda instância, a série “Os Cem” conta a história de um grupo de cerca de cem jovens que são mandados para a Terra para ver se o planeta é habitável, e acabam se deparando com um ambiente totalmente diferente do que estão acostumados. Da mesma forma ocorre com os refugiados, que ao chegarem a um novo país encontram uma nova cultura, novos costumes e sentem dificuldade de se integrar, conforme a pesquisa do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, onde os mesmos relatam dificuldade de ingressar no mercado de trabalho, encontrarem moradia e de utilizar os serviços públicos de saúde, além de sofrerem discriminação.
Em virtude disto, é necessário que o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública promova campanhas e palestras em mídias sociais e escolas, que visem alertar a população a respeito da importância da integração de refugiados, além de fornecer cursos de capacitação aos mesmos para que possam ingressar no mercado de trabalho. Destarte, surge uma pátria igualitária, livre de julgamentos e preconceitos.