A questão do índio no Brasil contemporâneo

O período literário conhecido como Quinhentismo aborda a temática da conquista do Brasil. Nele está presente a literatura informativa, com destaque a carta de Pero Vaz de Caminha, que detalha de forma preconceituosa os povos indígenas que habitavam a região. A exploração das riquezas da terra, do trabalho e a tentativa de fragmentação cultural refletem na situação atual do índio. No Brasil contemporâneo, conflitos territoriais e suicídios são uns dos problemas que tornam a vida indígena ameaçada. Posto isso, são necessárias medidas à resolução desse impasse.
Em primeiro plano, a imagem construída do índio desde o período colonial revela-se presente nos tempos modernos. Situações como o preconceito, a descriminação e a perda de costumes tradicionais contribuem para o aumento de casos de suicídios no país. Como prova dessa perspectiva tem-se dados da Organização das Nações Unidas (ONU), os quais apontam que o suicídio entre os jovens indígenas ocorre por conta de atitudes discriminativas, preconceituosas e/ou aniquilamento da cultura indígena. Com isso, fica evidente que sem a educação necessária, atitudes como essas se mostrarão presentes na sociedade atual, levando ao aumento desses números de suicídios.
Em segundo plano, é hodierna a presença de invasões nos territórios indígenas, essas invasões estão muitas vezes relacionas ao garimpo e/ou ao desmatamento, gerando conflitos e assassinatos. Segundo o Concelho Indigenista Missionário (CIMI), no ano de 2014 houve 138 mortes decorrentes de conflitos territoriais. A falta de monitoramento nas áreas indígenas faz com que as invasões permaneçam ainda mais frequentes e, consequentemente, as mortes tendem a aumentar.
Diante do elencado, urgem as seguintes apelativas: o Ministério da Educação (MEC), por meio de verbas públicas deve promover palestras a fim de concientizar a população sobre a importância da cultura e da vida indígena na formação da identidade cultural do país, tornando como falha a visão de Albert Einstein, o qual afirma que: É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado. A Fundação Nacional do Índio (FUNAI), por meio de ações governamentais deve contratar fiscais para que monitorem as áreas indígenas e denunciem possíveis invasões, a fim de evitar conflitos e mortes. Assim, a imagem do índio do século XV, como ser dominado, não se mostrará presente no cenário atual.