A QUESTÃO DO ÍNDIO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

A primeira geração do Romantismo no Brasil, denominada Indianista, exaltou a figura do nativo brasileiro, o índio, considerado-o como o verdadeiro herói nacional. Conquanto, fora das obras literárias, os povos indígenas são desvalorizados, haja vista que os direitos constitucionais assegurados ao grupo são ignorados. Nesse contexto, não há dúvidas de que esse grupo enfrenta diversos desafios no Brasil contemporâneo, o qual ocorre, sobretudo, devido à escassez de debates nas instituições de ensino e a questões políticas que contrariam o Estatuto do Índio.

A priori, a carência de discussões sobre a temática no ambiente escolar compactua com o irrespeito em relação a essa população. Sob a ótica de Nelson Mandela, a educação é uma das ferramentas com amplo poder de transformação do contexto social, bem como de destruição de estereótipos retrógrados. Entretanto, as escolas abordam de forma insuficiente as questões culturais, os costumes, as línguas, e a participação histórica dos povos indígenas no país, sendo condescendente com a desvalorização destes. Ademais, os ideais de desprezo e aviltamento aos indígenas acontecem desde a implantação do Sistema Colonial, por isso é imprescindível a participação da escola para evitar que ideais parecidos repitam-se.

Em soma, a interferência política é outro fator que corrobora com a continuidade do desrespeito com os povos indígenas. Nesse prisma, o trecho da canção de Renato Russo, “Mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar um milhão, quando vendermos todas as almas de nossos índios num leilão”, expressa a existência de depreciação com a comunidade nativa. Analogamente, os grandes proprietários e a bancada ruralista consideram que questões como a demarcação de terras, assegurada pela Lei número 6001 de 1973, são um empecilho para o agronegócio, a partir disso adotam medidas que colocam em risco as vidas indígenas e a vivência de sua cultura.

Portanto, é mister que medidas são necessárias para resolver esse entrave. Destarte, para que os povos indígenas possam ser respeitados, urge que as escolas juntamente ao Ministério da Educação façam um projeto, que aborde a participação desse grupo na história do país, debates sobre a cultura e aproximação da comunidade escolar com os hábitos, por exemplo, alimentação e línguas. E isso será executado através do convite à indígenas para palestrar. Além disso, a FUNAI concomitante ao Ministério Público deve intervir e fiscalizar a execução do Estatuto do índio, agilizando a demarcação de terras. Assim, a valorização pautada na primeira geração romântica fará parte da realidade do Brasil contemporâneo.

ATRIBUAM NOTA POR COMPETÊNCIA, POR FAVOR!!! VALEUUUU ;)