A Carta de Pero Vaz de Caminha, primeiro documento redigido em território nacional, relata as impressões do escrivão Pero Vaz de Caminha acerca das terras recém descobertas pelos europeus. Além dos aspectos naturais, o texto também discorre sobre as características dos povos nativos, o que é feito a partir de uma óptica euro e etnocêntrica. Essa visão, contudo, influenciou e contribui para a questão sobre esses povos na atualidade, a qual é marcada por conflitos quanto à manutenção e afirmação dessas tribos. Espera-se, assim, medidas que busquem a resolução dessa problemática.
Em primeiro lugar, cabe analisar as tensões envolvendo a manutenção de Terras Indígenas (TIs) e o avanço agropecuário nessas regiões. Desde o período colonial, áreas pertencentes aos povos nativos foram destruídas e utilizadas para o cultivo – nesse caso, de açúcar. Hodiernamente, esses conflitos também estão presentes, envolvendo, contudo, os projetos pecuaristas, principalmente na região Amazônica, e eletrônicos, como quanto à Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Observa-se, desse modo, que a crise mencionada perpassa por fatores econômicos.
Em segundo lugar, é válido elencar os pontos sociais que corroboram para esse fenômeno. A visão positivista do século XIX, personificada pelo sociólogo Auguste Comte, considera a ordem burguesa superior a outras formas de organização social. Essa corrente, apesar do desenvolvimento de teorias estruturalistas – como as de Lévi-Strauss, cujas pesquisas apontam para o estruturalismo e relativização cultural -, ainda é popular no país, o que impede, desse modo, uma integração completa desses povos à sociedade brasileira neoliberal.
Fica claro, portanto, que a questão sobre povos nativos no Brasil contemporâneo é uma crise influenciada por fatores econômicos e sociais. Cabe, nesse sentido, ao Estado, especificamente o Ministério do Meio Ambiente, por meio de órgãos como a Funai, o desenvolvimento de projetos em defesa e proteção à TIs e à novas demarcações de áreas. Além disso, espera-se, por fim, que o Ministério da Educação, a partir de campanhas e palestras, discuta essa problemática nas instituições de ensino a fim de extinguir o pensamento positivista ainda presente.
A questão do índio no Brasil contemporâneo
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Thaisz21
Introdução: apresentou muito bem com uma alusão histórica juntamente com sua tese. só 3 observações: “o que é=(que é) feito a partir de uma óptica euro e etnocêntrica= eurocêntrica.” só uma dica pra resumir os 2 termos que você usou.
“Espera-se, assim, medidas que busquem a resolução dessa problemática.” você poderia ter escrito essa frase de outro modo como, “é nítido que medidas precisam ser tomadas para a resolução dessa problemática”. a que você escreveu deu um “ar” de conclusão.
Desenvolvimento 1: ficou muito bom, você trouxe uma alusão histórica e a relacionou como ocorre atualmente, comprovando que o problema não é “recente”, ele só se “adaptou”.
Desenvolvimento 2: muito bem elaborado, você soube usar um repertório sociocultural bastante produtivo, interligando todas a ideias.
Conclusão: estrutura ótima, você identificou 2 causas do problema, citou os agentes especificados, as ações e como elas irão ser feitas e por fim a finalidade das mesmas.
Sua redação ficou muito boa, parabéns. continue estudando, abraço :)