A questão do índio no Brasil contemporâneo

No filme República Guarani é retratado o processo histórico da colonização do Brasil e o sofrimento dos nativos pelas diversas mortes e perdas de terra. Segundo historiografistas, desde o período colonial cerca de 99,6% de índios– assim batizado pelos portugueses– foram mortos. É evidente que esse povo sofreu tamanha opressão e só obtiveram desvantagens com o período retratado. Na contemporaneidade, os indígenas vem passando por muitas transformações e até ganhando direitos benéficos, porém ainda há negligência com os mesmos e falta de legislações para melhor vivência desses cidadãos.

Desde o período colonial, os índios vem sofrendo por diversas mudanças em suas culturas. Tal tarefa era dos Jesuítas que catequizava os nativos e ensinava outras culturas. É notório dizer que esse povo passou e passa por transformações, e é possível lembrar sobre o que disse Heráclito, sobre os seres estarem em constante transformação. Índios estão cada vez mais globalizados, destarte tendo mais conhecimento para buscarem por melhorias. Então alguns privilégios foram conquistados, como as cotas para o acesso facilitado ao Ensino Superior. Também foi reconhecido a sua organização social, as tradições, crenças e direitos sobre suas terras, na Constituição de 1988.

Entretanto, nem tudo foi concessivo para essa população. Mesmo que reconhecidos os seus direitos, os indígenas ainda passam por opressões. Como por exemplo, o noticiário sobre o assassinato de 3 índios no final de 2019 no Maranhão, abordado pelo G1, são retratos de que o nativo ainda sofre no período contemporâneo. Também é evidente o preconceito com suas etnias e culturas por serem bastante divergentes das demais e a ausência de índios em cargos administrativos de governo, o que reforça a ideia de negligência. O que deve ser mais analisado pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), e buscar para esse povo melhores situações sociais, pelo tanto que já sofreram no passado.

Mediante os fatos expostos, políticas sociais devem ser revogadas para trazer a isonomia e o melhor direito aos indígenas, assim aderindo aos seus interesses. Portanto o Ministério da Cidadania junto com a FUNAI devem exigir a inserção da política indigenista, que é garantir suas terras, preservação da cultura e melhor educação, através do Poder Legislativo, para então existir um melhor ambiente social à essa população. Além disso, o MEC deve garantir o total respeito e aceitação da cultura indígena, por meio das instituições de ensino, pois como Paulo Freire disse, a educação sozinha não muda a sociedade, mas sem ela tampouco a sociedade muda.