“Você me deixando aqui, Eu não vou saber voltar, a noite faz frio e eu me acostumei a ter um lar, você é minha família, e agora quer me deixar, me desculpe por comer, as almofadas do sofá” No trecho da música “Quatro Patas de Amor”, do cantor Marcus Eni, expõe a questão do abandono de animais no cotidiano do país e, realça a importância da adoção. Sobre tal aspecto, é evidente que apesar das transformações políticas, tecnológicas e socioculturais na sociedade pós-moderna, tal ato ilícito no Brasil resulta em um desafio para a concretização de uma sociedade plena. Convém, dessa forma, analisar as causas desse fenômeno e propor medidas que promovem o seu combate.
Mormente, a passividade do Estado e principalmente na esfera legislativa, contribui para a permanência do problema. Segundo a Lei Federal brasileira, é dever do Estado inibir e garantir a punição de ações nocivas e atentatórias aos animais domésticos. Entretanto, observa-se na realidade contemporânea o oposto no que tange a norma. Analogamente, tal cenário antagônico deriva da punição branda e ausência de uma fiscalização rígida, perpetuando na problemática que, destarte, gera uma série de crises e problemas sociais, como o declínio da saúde pública – uma vez que, inúmeros animais abandonados sem qualquer vacinação ou um controle populacional, podem contrair doenças e consequentemente transmiti-las às pessoas-, além do detrimento da empatia humana sobre o animal, que está exposto a todo tipo de perigo -agressão, morte por envenenamento e o atropelamento- sem consentimento da população. Dessa forma, o reforço da prática da regulamentação de leis rígidas como forma de combate à problemática é uma necessidade, e não um fato opcional.
Outrossim, destaca-se a desinformação social como impulsionador da problemática. Conforme o sociólogo Emile Durkheim, o indivíduo só será apto a fim de intervir um problema social, quando entender as suas conjunturas e a origem. Sob tal ótica, nota-se a importância do papel da informação midiática e da educação como instrumentos de conscientização a sociedade sobre os malefícios do impasse. Entretanto, aspecto de forma inerte por meio de difusão comunicação, reverbera na presença da insensibilidade perante os maltrato animal. Desse modo, evidencia-se a importância da informação na sociedade como forma de combate o impasse.
Portanto, urge que o Ministério Público crie, por verbas governamentais, campanhas publicitárias que estimulem a sociedade sobre o tema. Tais campanhas devem ser webconferenciadas nas redes sociais, com objetivo de trazer mais lucidez sobre o assunto para a sociedade. Além disso, deverá ocorrer orientação de forma rígida e educativa para possíveis adotante leigos, alertando acerca dos cuidados e analisando, de forma crítica, a responsabilidade do cuidador. Dessa forma o Brasil poderá ultrapassar antigos paradigmas.
mariaeferro
Competência I: demonstrar domínio da norma culta da língua portuguesa – 160
Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo – 180
Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista – 160
Competência IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação – 180
Competência V: elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural – 180
OBS: você optou por um trecho muito grande na sua introdução, a sua proposta já estaria clara se você apenas houvesse explicado, brevemente, o conceito da música. Além disso, cuidado com a organização dos seus argumentos. Por fim, excelente redação!
Lidialimas
Boa tarde, gostei bastante da sua redação.
Os desenvolvimentos estão bem detalhados, só achei que no segundo parágrafo você já propôs uma proposta de intervenção, que no caso seria exposto no parágrafo da conclusão.
E na conclusão me pareceu meio confuso as propostas de intervenção, sem definição fixa de o que vai fazer, como, e com que finalidade.
Ajustando isso em sua redação poderá ficar muito mais melhor.