A Questão da Fome no Brasil e seus Fatores Motivadores

Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações políticas, econômicas e sociais é característica da “modernidade líquida” vivida no século XX. A questão da fome no Brasil encaixa-se nessa visão pois reflete uma contemporaniedade  construída através dos pilares frágeis da insegurança e consumo, nesse caso, preocupada com exportações de produtos agrícolas ao invés do fornecimento igual deles no país.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o problema da fome incide em 6,3% na zona rural contra 3,1% detectado na zona urbana. Esse dado mostra que, embora o Brasil seja um país com uma boa parte da economia voltada à agricultura, a maior parte desses produtos agrícolas são exportados, ocasionando uma má distribuição no território brasileiro.

Em segundo plano, o IBGE conta que o Nordeste é a região onde esse problema é mais grave, depois a região Norte e o Acre é o estado que mais se destaca. Esses dados revelam que as regiões com o predomínio desse problema são aquelas que tiveram um desenvolvimento tardio em relação aos outros estados e boa parte da agricultura em áreas que ocorrem desastres naturais.

Portanto, compete ao Ministério de Desenvolvimento Social e combate á fome juntamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, distribuir alimentos de forma mensal para as famílias carentes em seus respectivos estados e regiões. Essa ação deve ser feita por meio de programas financiados pelos ministérios citados junto com o Governo Federal. Espera-se com isso, conseguir diminuir os índices de fome no Brasil.