Em 1516, o escritor humanista Thomas More publicou uma importante obra, a qual relata uma sociedade harmônica e livre de problemas, chamada “Utopia”. Fora da ficção, é evidente que no contexto hodierno, o Brasil diverge desses ideais, posto os desafios com a questão da fome no Brasil. Logo, entende-se que a invisibilidade governamental e o desemprego abrangente corroboram com a persistência da problemática.
Em primeira análise, a omissão do governo fomenta a perpetuação do impasse. Sob esse viés, Djamila Ribeiro explica que é preciso tirar uma situação da invisibilidade para que soluções sejam promovidas. Entretanto, há um silenciamento instaurado sobre a fome que assola o Brasil, visto que os órgãos governamentais negligenciam a parcela mais pobre do país, no qual não tem acesso a alimentação, em que conforme a legislação é direito básico de todo cidadão. Desse modo, urge tirar essa conjuntura da invisibilidade para atuar sobre ela, como defende a pensadora.
Ademais, evidencia-se que o desemprego impacta a questão da fome. De acordo com o IBGE, em 2020, a taxa de desemprego no país chegou a 14,2%, o que representa 14,3 milhões de pessoas sem emprego. Desse maneira, com a escassez de empregabilidade, grande parte do corpo social não tem acesso a renda, e assim, não tem condições de garantir o sustento de suas famílias, no qual sofrem com a fome. Dessa forma, há a consolidação de um panorama preocupante.
Depreende-se, portanto, a adoção de medidas para atenuar a questão da fome no Brasil. Para tanto, o Governo Federal, principal responsável pelo bem-estar social, deve elaborar um plano nacional de incentivo ao combate da fome, por meio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e investir na agricultura familiar, a fim de garantir o acesso da alimentação adequada para as famílias necessitadas e ao mesmo tempo, fomentar a economia local. Assim, a sociedade caminhará para o cenário vivenciado da obra Utopia.
JaneF
Olá, Beatriz!
Parabéns por sua redação.
Ainda não sou boa com conteúdo e estrutura. Vou contribuir como posso verificando a correção gramatical.
Nesse sentido, identifiquei esses trechos que me chamaram atenção.
“(…) visto que os órgãos governamentais negligenciam a parcela mais pobre do país, no qual não tem acesso a alimentação (…)”
No destaco o trecho acima pela regência verbal do verbo ter [tem] com o pronome relativo [no qual] e pela coesão do que o pronome relativo retornaria.
Explicando melhor, a regência verbal com pronome relativo segue a seguinte regra: precisamos verificar se o verbo que vem após o pronome relativo pede ou não regência de preposição, pedindo a colocamos antes do pronome relativo, não pedindo é errado colocá-la.
O verbo que vem após pronome relativo o [tem], sua regência é [quem tem, tem alguma coisa], logo não pede preposição. Ficando errado o uso da preposição [em] junto ao pronome relativo [no[em+o] qual].
Sobre a coesão do que o pronome relativo retorna, creio que sua intenção era fazer a correlação com termo [país]. Sendo que isso estaria contradizendo o já posto por você: que [parte do pais é quem sofre]. Logo o pronome mais adequado para retornar o sujeito do verbo ter é [a qual].
Vi depois agora também um desvio na concordância nominal, o substantivo acesso é regido pela preposição [a]. Quem tem acesso tem acesso a. Muitos confundem porque o verbo acessar é transitivo direto, sem uso de preposição. Mas fique ligado na diferenciação da regência do substantivo e do verbo.
Desta forma, ficaria [não tem acesso à [crase marcando o uso da preposição e artigo diante de palavra feminina no singular] alimentação].
Destaco, também esse trecho abaixo:
Fora da ficção, é evidente que no contexto hodierno, o Brasil diverge desses ideais, posto os desafios com a questão da fome no Brasil.
Fiz essa segmentação abaixo para mostrar que a vírgula está separando o sujeito do verbo.
[é evidente que no contexto hodierno, o Brasil diverge desses ideais]
Aqui você fez uso do recurso de oração subordinada substantiva, de modo que podemos substituir o sujeito por ISSO: [é evidente ISSO [que no contexto hodierno, o Brasil diverge desses ideais]].
Para adequação desse trecho você pode isolar o adjunto adverbial curto com o acréscimo de mais uma vírgula OU pode excluir a vírgula existente, visto que é um adjunto adverbial curto deslocado.
Primeira proposta: é evidente ISSO que, no contexto hodierno, o Brasil diverge desses ideais.
Segunda proposta: é evidente ISSO que no contexto hodierno o Brasil diverge desses ideais.
Lembre-se de que não pode separar sujeito do verbo.
Espero ter ajudado.
Pedro_Loos
Por experiências passadas, aprendi que nunca é bom acusar diretamente “alguém” de algo, como você fez ao acusar o governo federal como único culpado em “o Governo Federal, principal responsável pelo bem-estar social”. É necessário ser imparcial e se for acusar alguém, que seja de forma velada e indireta.
Flavio Fraga
Olá Beatriz, a redação está muito boa, porém alguns pontos precisam ser sanados
“(…) visto que os órgãos governamentais negligenciam a parcela mais pobre do país, no qual não tem acesso a alimentação (…)”
No destaco o trecho acima pela regência verbal do verbo ter [tem] com o pronome relativo [no qual] e pela coesão do que o pronome relativo retornaria.
Explicando melhor, a regência verbal com pronome relativo segue a seguinte regra: precisamos verificar se o verbo que vem após o pronome relativo pede ou não regência de preposição, pedindo a colocamos antes do pronome relativo, não pedindo é errado colocá-la.
O verbo que vem após pronome relativo o [tem], sua regência é [quem tem, tem alguma coisa], logo não pede preposição. Ficando errado o uso da preposição [em] junto ao pronome relativo [no[em+o] qual].
No comentário acima você vai ver os erros que ainda tem