De acordo com o filósofo Platão, “o importante não é viver, mas viver bem”. Nesse sentido, entende-se que a qualidade de vida é de suma importância para a sustentação da existência. Entretanto, a realidade dos estudantes não condiz com o ideal proposto, uma vez que alimentação escolar não é democratizada. Desse modo, há de se examinar não somente a falta de planejamento estatal, mas também o desvio de recursos.
Nesse viés, vale ressaltar que a inoperância estatal influencia consideravelmente na intensificação da fome escolar. Segundo o geógrafo Milton Santos, a crescente e desorganizada urbanização brasileira fez com que os serviços se concentrassem em áreas privilegiadas. Tal fenômeno é testemunhado em diversas escolas localizadas em zonas periféricas, tendo em vista que os investimentos governamentais não acompanharam o crescimento das cidades. Sob essa perspectiva, percebe-se que a desatenção do poder público em se inteirar a respeito dos aspectos sociais distancia o acesso à alimentação das comunidades mais carentes. Dessa maneira, é inegável que, sem o direcionamento de verbas, os estudantes continuarão sofrendo com a fome.
Ademais, é mister salientar que a desonestidade contribui para a permanência do quadro de fome escolar no Brasil. Em conformidade com o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, em sua obra “O Homem Cordial”, expõe o egoísmo presente na sociedade, a qual tende a priorizar ideais particulares em detrimento do bem estar coletivo. Desse modo, observa-se que esse comportamento lamentável é praticado por algumas autoridades corruptas que desviam verbas públicas em benefício próprio. Por conseguinte, depreende-se que os alunos permanecerão submetidos à fome, sem que haja nenhuma ação de combate à corrupção na esfera pública.
Portanto, é fundamental o estabelecimento da democratização da alimentação escolar. Para que isso ocorra, o Ministério da Educação, responsável pela gerência educacional nacional, deve direcionar recursos financeiros às localidades carentes, por meio do mapeamento para o reconhecimento das populações mais afetadas, com o fito de melhorar a qualidade de vida dos estudantes. Outrossim, o Ministério Público precisa promover a investigação dos representantes políticos suspeitos de corrupção, com a finalidade de desconstruir os impasses que dificultam a chegada dos alimentos na escola. Assim, o pensamento de Platão será concretizado na sociedade hodierna.
luandovini
A sua redação é bem estruturada, com os 4 parágrafos fundamentais, deixando visível o seu projeto de texto. Os repertórios socioculturais são legítimos, eles colaboram para uma argumentação mais sólida e convincente, sem deixar a entender que você tirou isso da mente e pôs na redação. A sua coesão e coerência é excelente, você consegue articular super bem os parágrafos usando os elementos coesivos. Percebi também que você tem domínio da norma padrão, isso é fundamental para auxiliar na leitura e compreensão do seu texto. Na sua proposta de intervenção, está completa, possuindo os 5 elementos centrais. Eu te daria 960.