A questão da aporofobia no Brasil

Aporofobia é a aversão aos indivíduos que se encontram em extrema pobreza, por causa de guerras, desastres ambientais ou crise econômica, e precisam de asilo em outro país ou se deslocam para outro estado. Nesse sentido, cria-se uma repulsa a esses estrangeiros, por conta da sua situação econômica. Apesar do Brasil ser considerado, pela ONU (Organização das Nações Unidas), um país democrático, diplomático e acolhedor referente aos imigrantes, a sociedade brasileira apresenta aporofobia em casos externos e internos de migrações. Por isso, é importante debater sobre os impactos negativos dessa fobia no País, uma vez que ela segrega a população e fomenta o surgimento de movimentos conservadores.

Na década de 1930, o Brasil iniciava seu processo de industrialização, principalmente, na região sudeste. Nessa perspectiva, o polo industrial atraiu cidadãos de diversas regiões do País, o que propiciou o surgimento da aporofobia, visto que os sudestinos alegavam que os imigrantes roubavam os empregos e contribuíram para o inchaço populacional. Dessa forma, essa fobia tem como impacto negativo a segregação da população brasileira, pois eles se enxergam como rivais.

Além disso, o continente europeu recebe milhões de refugiados do continente Africano e Oriente Médio (por causa de guerras), e os Estados Unidos atrai milhões de mexicanos,  que procuram melhor qualidade de vida. Dessa maneira, países como a Hungria e os Estados Unidos começaram a construir muros, com a finalidade de impedir a entrada desses imigrantes. Essa postura fomenta a ascensão de grupos radicais e ultraconservadores, e esses movimentos podem se espalhar por todo o globo, inclusive para o Brasil.

Fica claro, portanto, que a aporofobia contribui para a exclusão de uma parte da sociedade e ajuda na ascensão de grupos conservadores. Dessa forma, são necessárias medidas para combater a segregação e a violência. Por isso, o Governo Federal deve cobrar mais impostos dos mais ricos, para diminuir a concentração de renda e, consequentemente, alinhar os serviços oferecidos para a população, com o objetivo de aumentar a qualidade de vida e investir em todas as regiões do Brasil. Dessa maneira, a médio prazo, os cidadãos brasileiros não irão se ver como inimigos e os movimentos radicais perderão força gradativamente.