“A promoção de uma educação antimachista para a construção da igualdade de gênero no Brasil”

O documentário “A máscara em que você vive” mostra a maneira como o machismo, em diferentes níveis, é ensinado aos meninos desde cedo e a possibilidade desse ato, posteriormente, transformar-se em uma condição prejudicial. Nesse contexto, vale destacar que esse problema é manifestado na sociedade brasileira de diversas maneiras, de modo que, muitas vezes não é notado. Sendo assim, torna-se necessário um incentivo a uma educação antimachista, realizado principalmente na mídia e nas escolas, para que a igualdade gênero seja construída.

Primeiramente, é perceptível que a mídia é um instrumento para que atitudes machistas sejam reconhecidas e assim, erradicadas. Antes de tudo, tendo em vista o grande avanço de novas tecnologias, a mídia fez-se ainda mais acessível para as pessoas e, com isso,
aumentou sua capacidade de influência no comportamento do usuário. Sob essa ótica, para que o machismo não contribua para a ocorrência de violências como o estupro e feminicídio, é essencial que seja abordado em meios de comunicação o micromachismo – pequenos atos machistas que não são percebidos pelo fato de serem normalizados pela sociedade – e a importância da igualdade para homens e mulheres.

Ademais, é importante ressaltar a escola como um mecanismo de aprendizado e formação do cidadão. De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal de 1988, a educação deve preparar o indivíduo para o exercício de cidadania. Nesse sentido, as instituições de ensino, além de proporcionarem à criança um desenvolvimento do conhecimento, também oferecem aos alunos a habilidade de adquirirem princípios éticos para viver em sociedade. Diante disso, observa-se que essas entidades possuem o poder de promover debates acerca do machismo e suas manifestações, para que desde a infância, o indivíduo saiba a importância de combater as desigualdades referentes ao gênero.

Logo, torna-se necessário a promoção de uma educação antimachista, para que o cenário retratado em “A máscara em que você vive” se torne menos recorrente na sociedade brasileira. A mídia, em parceria com as escolas, deve promover discussões e campanhas educativas, por meio da internet, televisão, além de debates realizados nas próprias corporações de ensino. Tais ações devem conter, especificamente, questionamentos acerca do micromachismo e seus possíveis desdobramentos. Espera-se com isso, que o Brasil se torne um país mais diversificado e respeitoso para todos os cidadãos brasileiros.