A precarização do trabalho no Brasil

Sob a perspectiva renascentista, o trabalho figura-se como um componente vital para a dignidade humana. Contudo, embora tal ótica esteja enraizada na sociedade brasileira dos dias hodiernos, a realidade inerente à situação trabalhista no país não é consonante ao conceito criado na renascença, vide o crescente desemprego e as condições insalubres dos espaços laborais que evidenciam a precarização do trabalho. Nesse sentido, a ínfima quantidade de vagas, a desqualificação da mão de obra e a falta de fiscalização sobre os aspectos empregatícios constituem um processo multifatorial que por acarretar a problemática supracitada, deve ser compreendido para a formulação de políticas públicas que visem remediar tal cenário.

Assim, em primeiro plano, é passível de análise o reduzido número de vagas ofertadas frente à demanda populacional, pois esse fator evidencia-se no cotidiano em razão do aumento da competitividade para o ingresso no mercado de trabalho. Isso posto, salienta-se que tal conjuntura propicia a precarização do trabalhista não só nas condições laborais, como também na acessibilidade às ofertas de emprego, tendo em vista a informalidade e o desemprego presentes no cenário atual.

Ademais, o baixo nível de escolaridade e a falta de recursos corroboram para a desqualificação da mão-de-obra, submetendo-a à exploração que é perceptível, principalmente, nos trabalhos análogos à escravidão. Nesse sentido, o filme “O tigre branco” da Netflix, apesar de retratar a Índia, reflete a situação trabalhista no Brasil, país onde a necessidade de subsistência institui o caráter de servidão no trabalhador. Deste modo, a falta de fiscalização contribui para perpetuar a presente problemática, uma vez que dificulta a identificação dos casos que permeiam este cenário nefasto.

Dessa forma, diante dos fatos apresentados, urge que o Estado crie políticas públicas para ressignificar o emprego na sociedade brasileira. Para tanto, cabe ao Ministério do Trabalho instituir, por meio de verba pública, a “Agência de Fiscalização Trabalhista”, que através de auditorias para vigiar as empresas e pelo atendimento telefônico via disque-denúncia, assegure as boas condições laborais. Além disso, faz-se necessário que o mesmo Ministério conceda incentivos fiscais às instituições que destinam, através de mini-cursos de capacitação, oportunidades para desempregados e recém-formados. Assim, tais medidas podem construir, a longo prazo, o caminho para uma vida digna.

Gente, quem puder deixar a nota segundo as competências do Enem, eu agradeço!

Tenho dificuldade em montar a conclusão com todos os elementos, então se possível, olhem detalhadamente esta parte.

Obrigada!