A prática do bullying nas escolas do Brasil

No filme “Extraordinário”, é retratado a história de Auggie Pullman, um garoto que nasceu com uma deformidade facial. Aos dez anos de idade, ele frequentará a escola pela primeira vez, todavia, por ser portador de uma doença crônica, o protagonista é vitima de bullying por parte de seus colegas de classe. No contraste fictício com a realidade contemporânea brasileira, é notório os impasses à pluralidade de diferentes indivíduos em âmbito escolar. Isso ocorre tanto pela pelo déficit nas relações interpessoais familiar quanto pela negligência do estabelecimento de ensino.

Em primeira plano, é relevante destacar a importância do núcleo familiar no comportamento do indivíduo que prática o bullying, visto que é uma instituição para a formação ética e moral. Desse modo, com a ausência dos país na formação educacional, o indivíduo estará propício a praticar tanto a violência psicológica quanto a física em âmbito escolar. Sob esse viés, o filosófo John Locke afirma em sua teoria que o ser humano nasce como uma tela em branco que é preenchida com experiências e influências. Nesse sentido, observa-se que as práticas adotadas pelo público infanto-juvenil, tem origem no cotidiano de suas famílias, justamente pela insuficiência de ensinamento das consequências que os atos agressivos podem trazer ao indivíduo que sofreu esse tipo de violência.

Outrossim, funcionários escolares tendem a ignorar as desavenças entre os alunos por considerarem uma fase, que posteriormente deixa o vitimado sem proteção. E, em outros casos, propagam a ideia de que o agredido deve ignorar as pseudo-brindadeiras, o que responsabiliza a vítima por sua infelicidade, exclusão e depressão. Dessa forma, pela falta de respaldo no meio escolar e, muitas vezes, a ocultação de sua situação para os familiares, o aluno é instigado a cometer atos de mutilação, suicídio e vingança, como o ocorrido no ano de 2017, em Goiânia, no qual um estudante levou uma arma à escola e disparou tiros contra alunos.

Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para o combate à prática de bullying em escolas brasileiras. As instituições de ensino devem capacitar os professores e toda a equipe pedagógica para que eles saibam como identificar e lidar com o conflito. Com isso, as vítimas recebem o suporte necessário para superar e enfrentar o que aconteceu e o agressor é punido tendo a noção que seus atos foram errados e que isso não poderá ocorrer novamente. Ademais, o Ministério da Educação e a mídia devem criar animações que sejam transmitidas em horário nobre refente às consequências dos atos conflituosos a fim de que os jovens tenham consciência dos danos aos indivíduos que sofreram tal agressão. Espera-se desse modo que a violência sofrida pelo protagonista do filme seja diferente.