A ponta do Iceberg

Na Grécia antiga, um famoso filósofo chamado Sócrates uma vez declarou que as pessoas más só eram assim por sua ignorância. Analogamente, o Brasil se encontra num vergonhoso índice de evasão escolar do qual desfavorece a criação de cidadãos éticos. A evasão escolar é reflexo da defasada qualidade do ensino brasileiro que pode ser visto tanto na falta de carisma da escola com os alunos quanto no despreparo emocional que os  mesmos herdam.

Primeiramente, é importante salientar a alta defasagem nos ensinos brasileiros. De forma detalhada, o ensino brasileiro tem um hábito terrível de tratar do conhecimento apenas como uma ferramenta parar pontuar uma prova, seja ela da escola ou um vestibular, o que desestimula o interesse do aluno e dificulta a assimilação da matéria. Como se pode ver, de acordo com o Ministério da Educação (MEC), 7 a cada 10 alunos do ensino médio têm nível baixo em matemática e português. Com isso, fica claro a relação da declaração do filósofo com a realidade brasileira.

Outrossim, é o despreparo emocional que os jovens levam consigo à vida. De forma consoante, a evasão escolar é reforçada pela falta de preparo dos estudantes em lidar com as dificuldades impostas à eles. Haja vista que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil lidera os índices da América Latina em depressão e ansiedade. Assim, vemos os sintomas do despreparo emocional.

Em síntese, é importante adotar medidas para a mudança do quadro atual. Primeiramente, o MEC deve alterar o método educacional das escolas de forma que o raciocínio e a imaginação do estudante sejam estimulados; que pode ser feito através da participação ativa dos alunos através de debates ou gincanas, por exemplo. Simultaneamente, é necessário também que o MEC, junto com o Ministério da Saúde (MS), promova aulas de gerenciamento emocional com psicólogos treinados. Assim, além de incentivarmos os alunos a permanecerem nas escolas também os capacitamos a lidar com a vida fora dela.