A persistência e impunidade dos agressores de mulheres

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Em uma sociedade patriarcal e machista, entende-se que as mulheres devem ser submissas aos homens. Essa ideia parte de um contexto histórico, estrutural e ideológico enraizado na sociedade, em que as mulheres são, á todo momento, inferiorizadas, desvalorizadas e subjugadas devido à um sistema de poder instituído na sociedade. Nesse cenário, a persistência da violência contra a mulher só reforça o sentimento de impunidade adquirido pelos agressores.

Pode ser entendida como violência contra a mulher, todo e qualquer ato e/ou conduta baseado no gênero que ofereça danos à integridade física e moral da mulher, além de sofrimento sexual e psicológico. Embora já exista leis, como a Maria da Penha (2006), a não implementação e ineficácia de políticas públicas gera o sentimento de impunidade por parte dos agressores, fator que contribui para o aumento de 230% no número de mortes de mulheres entre 1980 e 2010, o feminicídio, baseado em um contexto de violência doméstica e misoginia.

Como exemplo dessa impunidade, tem-se o caso “Mari Ferrer”, de 2018, em que o agressor, André Aranha, foi inocentado após a justiça declarar “estupro culposo”, quando não se há a intenção de estuprar, sentença essa que não está prevista em lei, reforçando assim a tentativa de impunir mais um homem agressor. Casos como esse citado, vão além do âmbito criminal, e atingem também o psicológico das vítimas, o que aconteceu com Mariana.

É evidente que a violência contra a mulher está associada a diversos fatores históricos, mas o seu aumento e persistência está relacionado também à normalização e naturalização desse crime em diversos âmbitos, como o familiar. Visto que, grande parte das mulheres são violentadas e assassinadas pelos seus próprios companheiros, seja movido por ciúmes, sentimento de posse ou poder. Há casos até mesmo de estupro conjugal, que é de difícil reconhecimento até mesmo por parte da justiça.

Com isso, faz-se necessário que toda e qualquer denúncia seja levada à sério, já que muitas mulheres não denunciam por medo, vergonha e culpa. Por parte do governo, é ideal que haja promoção de campanhas de conscientização sobre esse tipo de violência e punição dos agressores de acordo com as leis. Um outro fator importante é o acompanhamento psicológico que deveria ser oferecido às vítimas, visto que agressão psicológica também é uma forma de violência e que problemas psicológicos são uma das consequências da violência contra a mulher.

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3 Correções

  1. Olá!

    C1: Domínio da língua portuguesa: Você deve mostrar que possui bons conhecimentos da língua portuguesa na modalidade formal. Nota: 160

    C2: Compreensão da proposta: Você deve demonstrar que compreendeu e definiu o recorte temático apresentado. Nota: 160

    C3: Organização e defesa: Você deve fazer um projeto de texto, que consiste em planejar o que vai ser escrito, que argumentos serão utilizados, o momento de apresentá-los. Nota: 120

    C4: Conhecimentos linguísticos e argumentação: Você deve entender bem os conectivos (conjunções, advérbios, locuções, preposições, etc.) e a função de cada um deles com certeza será proveitoso para deixar seu texto ainda mais coerente. Nota: 160

    C5: Proposta de intervenção: Você deve apresentar soluções para o que foi abordado, isso tudo tendo em conta aspectos como a cidadania, os valores humanos e a diversidade cultural. Nota: 200

    Nota final: 800, a nota é apenas simulação, para uma nota exata é necessário de um profissional para avaliar.

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  2. Bom, achei muito boa sua redação, mas nem tudo é perfeito certo?
    Domínio da norma padrão da língua portuguesa. (vc redigiu muito bem, se atente ao uso de palavras “difíceis”, quando agente corrigi redações é de costume ver pessoas com o mesmo costume). Tirando isso eu avalio em (180).

    Compreensão da proposta de redação. ( vc colocou fatores impostantes, com isso equilibrou a redação, mas pecou ao colocar muita informação. Nota (160)

    Seleção e organização das informações. ( Atente-se mais a esse quesito meu bem. Coloque as informações organizadas e em cada paragrafo. Nota (160)

    Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto. (Vc argumentou muito pouco. Coloque mais sua opinião de forma trancada, ou seja, sem dá na vista que é vc que está falando). Novamente, a norma culta nem sempre é necessária. Nota (160)

    Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os direitos humanos. ( Nossa, achei muito boa sua proposta, entretanto, não deixe evasiva e explore mais os Governos que iram investir nesse combate OU na causa. (180).

    ESPERO TER AJUDADO, QUALQUER DÚVIDA ME CHAMA NO CHAT.

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  3. Olá, de acordo com as competências do ENEM:

    C1: 160
    Escreveu muito bem, não vi muitos erros e a formalidade está boa, mais um pouquinho e você faz 200 pontos.
    C2: 120
    O texto está muito longo e um pouco fora da estrutura, a qual deve ser: Introdução, D1, D2 e Conclusão. Fora que o primeiro parágrafo de desenvolvimento fugiu do tema um pouco.
    C3: 160
    Eu goste dos seus argumentos, estão bem convincentes, mas de preferência na introdução apresente um repertório mais forte(tipo uma série, música, filme, citação de filósofo, etc.) e claro, que tenha a ver com o tema.
    C4: 160
    A variedade de conectivos está bacana, só a estrutura que deve ser um pouco mais adaptada.
    C5: 120
    A solução em si não está ruim, mas a forma como ela foi escrita precisa ser melhorada. O agente “governo” é meio genérico, coloque a ação no imperativo[(o agente) deve…], deixe o meio claro, usando expressões como “por meio de”. Ah, e faltou a finalidade.

    Nota: 720
    A redação está boa, estude um pouco mais a estrutura e procure repertórios legais que você vai rumo ao topo!!!

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