A persistência do preconceito racial no Brasil e suas consequências

A série “Olhos que condenam” , original da Netflix, conta a história baseada em fatos reais de 5 adolescentes negros , que são acusados injustamente e sem provas pelo estupro e assassinato de uma jovem branca.     De maneira análoga é possível comparar esse com o atual cenário brasileiro, em que o preconceito racial está inserido em todo país é gera consequências desumanas e cruéis.     Isso se dá não só pela persistência do racismo no contexto brasileiro, mas também pela negligência do Estado para com os casos de racismo que são ignorados ou injustiçados.

Em primeiro plano é possível afirmar que o racismo ainda é presente no Brasil e que é uma das muitas memórias trazidas pela escravidão do período colonial, tal como afirma a historiadora Lília Schwardz :”a escravidão deixou marcas que influenciaram para a divisão de classes e racismo identificados até hoje”.    Ou seja, apesar da história do Brasil ser tão importante, a população ainda segue os princípios vividos na época.    Consequentemente a população negra tem maior número de mortes, prisões e são menos representados na política em cargos públicos e no entretenimento.

Segundamente, outro fator que corrobora essa situação inaceitável é a negligência do Estado nos casos em que ocorrem racismo, as vítimas são injustiçadas em acusações falsas e no decorrer das denúncias são ignoradas pelo serviço policial, assim como no caso dos “cinco do Central Park”, retratado na série “Olhos que condenam”.     Segundo o site das Nações Unidas, de cada dez pessoas abordadas pela polícia sete são negras e parte delas sofrem violência, isso confirma a agressão que é distribuída de forma racial.     Dessa forma, além das mortes, os cidadãos brasileiros majoritariamente negros sofrem com o medo e a insegurança em seu dia a dia , pelas pessoas que eles menos esperam.

Com vista no que foi mencionado é inadmissível que esta situação permaneça por mais tempo , assim o Ministério da Justiça deve, por meio de verbas governamentais, criar um programa de auxilio ao cidadão negro, com apoio do Conselho das Nações Unidas, em que agências públicas servirão de locais de denúncia e proteção contra casos de racismo.     Com isso espera-se utilizar as agências para um refúgio contra o preconceito racial e com análises dos casos feitos nela é possível diminuir o preconceito vivido pelos cidadãos negros brasileiros.