Estudante

A PERSISTÊNCIA DO “JEITINHO” NA SOCIEDADE BRASILEIRA

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O famoso empresário e cineasta Walt Disney criou, nos anos 1940, o personagem “Zé Carioca”, um papagaio que usava as cores verde e amarelo e representava o caráter “malandro”, esperto, criativo e desenrolando do brasileiro. Esse comportamento tornou-se algo cultural e tem raízes históricas. Contudo, o “jeitinho” pode ser associado a aspectos bons e ruins, e, dependendo do contexto, deve ser combatido. Nesse sentido, faz- se necessário compreender ambos os aspectos.
Em primeiro plano, vale destacar o pensamento do escritor e poeta maranhense Gonçalves Dias, o qual diz que “a vida é combate que os fracos abate, que os fortes, os bravos só pode exaltar” como uma realidade nacional. Nessa ótica, não é difícil perceber a necessidade de lutar para sobreviver, sobretudo, em um país onde negros, índios e mulatos tiveram menos condições e oportunidades desde o Brasil Colônia e precisavam dar “jeitinhos” para obter o alimento, o vestuário e até a liberdade. Hodiernamente, embora os escravos tenham sido libertos pela Lei Áurea, e os índios tenham recebido direitos na Constituição Federal, os brasileiros das classes mais baixas precisam “se virar nos 30”, por meio de “bicos”, privações e economias, para terem acesso ao mínimo daquilo que é essencial para viver, como moradia, alimentação, água e educação. Desse modo, é inquestionável que se faz necessário ser forte para vencer as adversidades, e não ser abatido pelas desigualdades.
Em contrapartida, é inegável que o “jeitinho brasileiro” tem seu aspecto negativo e destruidor, e que traz vergonha à nação. Tal fato pode ser visto desde pequenos comportamentos como colar em uma prova, ou furar a fila em um posto de atendimento de saúde, ou então, no desvio de recursos financeiros, venda de cargos públicos e políticos. Essas ações são motivadas pela vontade de dar-se bem em detrimento do prejuízo de outrem por meio da desonestidade. Ademais, esse cenário corrobora de forma fidedigna o pensamento do filósofo inglês Thomas Hobbes, o qual diz que “o homem é o lobo do homem”, ou seja, possuidor de uma natureza egocêntrica, individualista e perversa, que caracteriza o mal “jeitinho”.
Diante do exposto, é plausível afirmar que a persistência do “jeitinho brasileiro” está atrelado às raízes culturais do país de forma positiva e negativa. Portanto, é necessário as instituições de ensino, a família e a igreja construírem uma cultura de ética, respeito e moral nas crianças e jovens com o objetivo de formar cidadãos morais e éticos, que não sejam desonestos e trapaceiros, mas que desenvolvam empatia e respeito ao próximo. Isto deverá ser feito desde a educação básica por meio do ensino de ética e cidadania nas escolas, e em casa através de exemplos de honestidade e respeito. Dessa forma, o personagem “José Carioca”, da Disney, será apenas um desenho fictício e sem paralelo com o brasileiro.

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3 Correções

  1. Olá
    , tudo bem? Vamos aos comentários? Sua redação no geral está bem escrita e estruturada, coesa e coerente do começo ao fim e tem uso diversificado de recursos coesivos, e você demonstrou ter um domínio razoável de gramática e da variedade padrão da língua. Entretanto, antes de tudo, recomendamos que você se atente mais à Competência I: atente-se ao uso da vírgula
    Apesar disso, achamos que seu texto ainda necessita desenvolver o tema e seu ponto de vista. Para isso, primeiramente, traga repertório sociocultural adequado para o tema, bem como mais exemplos e informações que mostrem o que são e como ocorrem, efetivamente, essas dificuldades de acesso ao mercado de trabalho. É necessário ainda mostrá-las mais claramente ao leitor, de modo a ilustrar a realidade do tema. Com relação à Competência III, seria interessante dizer algo a mais acerca do que você trouxe: algo que ainda não tenha sido dito, visto ou percebido por ninguém, algo que chame sua atenção. Por que isso tudo ocorre? Quais são as consequências disso tudo, a longo prazo? O que essas causas têm a ver com a dificuldade de acesso ao trabalho? Pense mais no tema, tendo essas perguntas como norte. Relativo à Competência IV, procure utilizar mais recursos coesivos variados (como pronomes, catáforas, anáforas, conjunções). Evite a repetição de conjunções, por exemplo. Por fim, relativo à Competência V, seu texto teve garantidos a ação, o agente e o efeito, mas sentimos falta de um meio mais concreto e do detalhamento que possam tornar essa proposta mais exequível. Também não são necessárias duas propostas, apenas uma, nem com tanto detalhamento, por questão de espaço. Aguardamos sua próxima redação! Um abraço e bons estudos!

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  2. Não sou profissional
    Complementando a correção anterior acrescento alguns detalhes o tipo de FONTE que usou para posta seu texto não ficou bom para ler. Agora o texto não é ruim é bem estruturado tem marcas de coesão, mas como a correção anterior a relação dos índios e negros ficou confuso para mim, ai vem a máxima do PROF Sidiney Martins (o texto tem que ser de fácil compreensão para quem ler) se seguir esse pensamento vai melhorar muito.
    leia reportagens do BBC News.
    abraço e bons estudos

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  3. No seu desenvolvimento 2, o “mal jeitinho” é com U, bem jeitinho/ mal jeitinho 🤷🏻‍♀️
    E quando você falou sobre os índios e tal fugiu um pouco do assunto principal da redação o que te faria perder alguns pontos. Se é pra mostrar pontos positivos do jeitinho brasileiro, mostra como, através dele, a criatividade do brasileiro aumenta .
    Outro ponto, você usou a palavra “jeitinho” muuuuiuutas vezes no texto, oq nn fica muito legal .

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