A PERSISTÊNCIA DO CRIME ORGANIZADO NA REALIDADE BRASILEIRA

     Segundo o Papa João Paulo II ,a violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida e a liberdade do ser humano. Podemos tomar como exemplo tantas atrocidades que acontecem diariamente no Brasil, sendo a persistência do crime organizado na realidade brasileira um dos principais fatores para tais acontecimentos que tanto prejudicam a vida das pessoas no país, já que são nesses locais que predominam muitas vezes o tráfico de drogas, massacres em massa, assiduamente causados pelo envolvimento de policiais corruptos que colaboram com as milícias nas áreas dominadas por elas, dificultando a ação do estado e das frentes policiais que visam pacificar e restabelecer o controle destes territórios, também é discutível a questão histórica da nação, que desde o fim do século XIX, têm problemas relacionados á problemática.
Nesse ínterim , é notório que o poder das organizações criminosas no atual cenário brasileiro, só traz problemas, tanto sociais quanto econômicos, para o estado e a própria sociedade, haja  vista tantas mortes e prejuízos causados por estes grupos criminosos. Vale ressaltar também a questão do preconceito que as pessoas oriundas dos locais dominados pelas facções sofrem
apenas por residir nestas áreas, sem terem cometido nenhum crime. Também é válido salientar que as maiores organizações criminosas do Brasil foram criadas por questões culturais, por exemplo, o PCC, que têm como objetivo derrubar o governo formal para se instaurar uma espécie de anarquia, em que cada um é por cada um, e o CV (Comando Vermelho) que surgiu nos presídios durante a ditadura militar, com influências de ideias socialistas e marxistas-lenistas, tanto que as áreas mais influenciadas pelos grupos criminosos, perante estudo do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/SP), são favelas e subúrbios de São Paulo e Rio de Janeiro pelo alvo social e no Paraná e Mato Grosso do Sul por função estratégica para transportes de drogas oriundos de outros países, como o Paraguai, que vem para o Brasil com auxílio de policiais corruptos, tomando não deleite pela profissão e confiança que lhe foram depositados, assim, trazendo mais perigo e violência para a população brasileira. Tornando urgente, uma intervenção estatal.
De acordo com Marilena Chaui, os animais são seres naturais; os humanos, seres culturais. Para relacionar esta afirmação com a questão da problemática em questão, é necessário voltar várias décadas até o fim do século XIX e o início do século XX, quando surgiu no nordeste de país a “gangue dos cangaceiros”, liderada por Lampião e sua esposa Maria Bonita. Este grupo foi responsável por gerar medo, pânico, mortes, sequestros, extorsões, entre outros. Portanto, é perceptível que estas organizações criminosas se inspiraram neste modelo de facção no passado, e o adaptaram a atual realidade brasileira, transformando vários locais em ambiente de conflito entre o estado e grupos criminosos, tendo assim , medo e mortes, assim como os cangaceiros de Lampião fizeram no sertão nordestino até meados da primeira metade do século XX. Tornando ainda mais evidente a necessidade de uma intervenção do estado para a resolução da problemática em questão.
Em suma, são necessárias medidas que atenuem a operação das facções criminosas na atual realidade brasileira. Para isto, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, juntamente com os Ministérios da Educação e da Cidadania, devem atuar para realização de uma política de combate ás milícias juntamente com trabalho e serviços sociais feitos por profissionais capacitados e experientes que atendam ás populações vítimas dos conflitos diretos e indiretos entre o estado e estes grupos criminosos, para desenvolver empatia entre a sociedade para quebrar preconceitos e a realização da justiça para punir líderes das organizações criminosas  e reeducar seus membros, para que a afirmação de Marilena Chaui, seja apenas utopia.