A adolescência é uma fase marcada pelo impulso, desejo pelo desconhecido e prazer por novas experiências. Logo, os jovens costumam ser influenciados a consumirem drogas como parte desse divertimento. No Brasil, apesar dos esforços para conter seu avanço, a persistência é significativa. Observa-se, devido a falta de conscientização por parte da juventude, bem como pela ausência de diálogo familiar, que este cenário irá se agravar caso medidas não sejam pensadas.
Em primeiro plano, é necessário destacar a ideia formada sobre o que é estar na adolescência. Muitos jovens brasileiros sentem-se presos ao dilema: “é possível ser adolesecente e se divertir sem ingerir drogas?”, já que o uso de drogas é visto como algo necessário a ser feito para ser aceito entre os amigos. Na série televisiva “Elite”, os jovens estudantes fazem festas com frequência e não têm dificuldade para obter bebidas alcoólicas ou outras drogas. O personagem Omar, por exemplo, é um traficante local que espalha as suas vendas por todo o colégio. Desse modo, fica evidente o principal motivo dessa prática, assim como a urgência em que os órgãos competentes devem atuar para promover maior conscientização.
Cabe reconhecer, no entanto, que o distanciamento entre pais e filhos agrava a situação. A família, enquanto instituição social, deve estabelecer um diálogo no qual o jovem possa compreender os riscos do uso do álcool, além de dar o bom exemplo. De acordo com uma pesquisa recente do Centro de Referência Estadual em Álcool e Drogas (Cread), mais de dois terços dos 1.976 dependentes químicos, que buscaram ajuda, experimentaram drogas entre 12 e 17 anos. Nesse sentido, percebe-se o importante papel atribuído à família para combater a persistência desse mal.
Portanto, cabe ao Governo Federal, em parceria com órgãos estaduais e municipais, aprimorar a disseminação de informações sobre os malefícios da ingestão de drogas pelos jovens. Tal medida deve ocorrer através da criação de um Plano Nacional intitulado “Quanto mais cedo, pior”, com o objetivo de estabelecer palestras e aulas laboratoriais que detalham o efeito da droga no organismo menor de idade, além de incentivar maior participação dos pais durante o processo. Assim, com todas as esferas atuando conjuntamente, a prevenção do consumo de drogas entre jovens se tornará eficaz, sanando suas causas estruturais e excluindo o cenário presente em “Elite”.
João Vitor Rodrigues Sousa
Ótimo texto! Só tenha mais cuidado com o tamanho dos parágrafos, para não exceder o limite de linhas quando for realizar uma redação de vestibular. Ótimo repertório ao utilizar a série “Elite” e ótima proposta de intervenção, na qual se utilizou agentes socias específicos em relação ao tema.