A persistência de relacionamentos abusivos na sociedade moderna.

Na série brasileira “Coisa Mais Linda”, a personagem “Lígia” desenvolve problemas psicológicos por conta de seu relacionamento abusivo. Fora da ficção, esta é uma realidade presente na sociedade moderna, já que os números de casos de agressões físicas e psicológicas de seus devidos parceiros amorosos aumentam a cada ano. Nessa perspectiva, o patriarcalismo e a ineficiência da justiça impulsionam esse problema.

Primeiramente, o machismo estruturado leva a uma persistência nos casos de abusos amorosos. Nesse contexto, a Constituição Federal de 1988 assegura que qualquer indivíduo tenha livre-arbítrio. Sendo assim, é evidenciado que apesar de tais direitos, uma parte das mulheres presenciam casos de possesividade masculina. Segundo a ONU, três em cada cinco mulheres sofreram, sofrem ou sofrerão violência em um relacionamento afetivo. Infere-se, então, que existe uma propagação no número de violência dentro desses relacionamentos, podendo levar a problemas severos e até irreparáveis. Por fim, são necessárias medidas eficazes para garantir o bem-estar sobre essas vítimas.

Frente a isso, a justiça brasileira não oferece segurança necessária e relevante para combater essa problemática. Contudo, a Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, possui o objetivo punir com mais rigor os agressores contra a mulher no âmbito doméstico e familiar. Entretanto, os parceiros abusivos são presos e libertos rapidamente após o pagamento de uma fiança, casos assim são noticiados pela mídia. Desse modo, como dito pelo filósofo francês Jean-Paul Sartre, “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”, logo, o Brasil está com um déficit em relação a segurança feminina.

Fica evidente, portanto, que ações são necessárias para amenizar os índices de relacionamentos abusivos. Em virtude disso, o Ministério da Segurança, órgão executor das políticas públicas, deve realizar com eficiência as leis a favor das vítimas e, se for necessário, iniciar uma ação jurídica, tendo como objetivo encerrar com tal prática no país. Como também, deve haver a criação de um programa, por meio das mídias sociais, com a finalidade de auxiliar numa melhor proteção e atendimento ao sexo feminino. Espera-se com isso, sanar a problemática das relações tirânicas no Brasil.