A persistência da violência no sistema carcerário do Brasil. (Gentileza, corrigir conforme o Enem. Obrigada!)

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Promovida pela Netflix, a série Vis a Vis aduz muito bem sobre o crítico cotidiano de um sistema prisional e o conturbado relacionamento entre os detidos,que acerca o recorrente uso da força violenta, além de rebeliões contra si mesmos e os carcereiros. Essa tensa convivência na prisão é análoga a atual realidade. E portanto, evidencia-se que a persistente violência no sistema carcerário  brasileiro trata-se  de uma problemática em virtude da falta de segurança e infraestrutura prisional, consequente de uma má gestão governamental, que só pode ser resolvida pelo próprio governo.

Em primeiro lugar, a falta de segurança reforçada nas penitenciárias é o principal motivo do insistente uso da força bruta dentro delas. Há uma grande deficiência no que diz respeito a fiscalização do que circula e adentra os presídios, principalmente nos momentos de visitas particulares, onde o acesso a itens do exterior prisional, como celulares, armas e drogas, é facilitado, o que abre portas para um  comércio e concorrências, e interesse e disputas pessoais que aumenta a violência. No Rio Grande do Sul, por exemplo, entre 2008 e 2017, cerca de 72 mil celulares já foram recolhidos em penitenciárias, conforme informações cedidas pela GaúchaZh junto a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), o que alerta sobre a grande falta de supervisionamento e facilidade dos detentos de entrarem em contato com o mundo exterior e até mesmo realizar encomendas pessoais, visto a fragilidade de comandar entradas de itens quaisquer.

Ademais, o poder público brasileiro contribui para a decadência presidiária e para o forte  aumento da criminalização. A falta de investimento e de verba pública marginaliza esse setor da sociedade e impacta na elevação da transgressão as leis, já que o sonhado processo de  ressocialização  só funciona no papel e na verdade as atitudes dos delituosos pioram ao conviverem em uma prisões consumida pelo caos.

Portanto, para atenuar a insistente agressividade do sistema carcerário no Brasil, é necessário a intervenção governamental. O Ministério da Justiça e Segurança Pública deve reforçar e investir no aumento de fiscalizações nos presídios, providenciando e exigindo a instalação segura de portas com detector de metais e mais a revisão por parte dos agentes penitenciários dos visitantes e dos visitados antes e após o evento. Além disso, o Governo Federal, deve disponibilizar verba para projetos ressocializadores de detentos, só assim os presídios serão locais para restituir as pessoas.

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2 Correções

  1. Olá
    Em minha opinião a sua redação está ótima, pois você respeitou muito bem as cinco competências do Enem. Você trouxe diversas informações e deixou clara as suas ideias dentro do texto. Uma parte da sua proposta de intervenção que eu achei muito interessante foi esta: “restituir as pessoas”, com certeza você cativou o leitor.

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  2. Promovida pela Netflix, a série Vis a Vis aduz muito bem sobre o crítico cotidiano de um sistema prisional e o conturbado relacionamento entre os detidos, que acerca o recorrente uso da força violenta, além de rebeliões contra si mesmos e os carcereiros. Essa tensa convivência na prisão é análoga a atual realidade. E portanto, evidencia-se que a persistente violência no sistema carcerário brasileiro trata-se de uma problemática em virtude da falta de segurança e infraestrutura prisional, consequente de uma má gestão governamental, que só pode ser resolvida pelo próprio governo.
    Em primeiro lugar, a falta de segurança reforçada nas penitenciárias é o principal motivo do insistente uso da força bruta dentro delas. Há uma grande deficiência no que diz respeito a fiscalização do que circula e adentra os presídios, principalmente nos momentos de visitas particulares, onde o acesso a itens do exterior prisional, como celulares, armas e drogas, é facilitado, o que abre portas para um comércio e concorrências, e interesse e disputas pessoais que aumenta a violência. No Rio Grande do Sul, por exemplo, entre 2008 e 2017, cerca de 72 mil celulares já foram recolhidos em penitenciárias, conforme informações cedidas pela GaúchaZh junto a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), o que alerta sobre a grande falta de supervisionamento e facilidade dos detentos de entrarem em contato com o mundo exterior e até mesmo realizar encomendas pessoais, visto a fragilidade de comandar entradas de itens quaisquer.
    Ademais, o poder público brasileiro contribui para a decadência presidiária e para o forte aumento da criminalização. A falta de investimento e de verba pública marginaliza esse setor da sociedade e impacta na elevação da transgressão as leis, já que o sonhado processo de ressocialização só funciona no papel e na verdade as atitudes dos delituosos pioram ao conviverem em uma prisões consumida pelo caos.
    Portanto, para atenuar a insistente agressividade do sistema carcerário no Brasil, é necessário a intervenção governamental. O Ministério da Justiça e Segurança Pública deve reforçar e investir no aumento de fiscalizações nos presídios, providenciando e exigindo a instalação segura de portas com detector de metais e mais a revisão por parte dos agentes penitenciários dos visitantes e dos visitados antes e após o evento. Além disso, o Governo Federal, deve disponibilizar verba para projetos ressocializadores de detentos, só assim os presídios serão locais para restituir as pessoas.

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