“ A persistência da violência doméstica no Brasil em um período pandêmico”

Na série “O conto de Aia”, é retratado o cotidiano de diversas mulheres que são brutalmente violentadas de forma física e psicológica, enquanto permanecem em cárcere privado. De maneira análoga a isso, a persistente violência doméstica no Brasil durante a pandemia. Nesse contexto, torna-se indubitável que tal problemática é um desafio no país, o qual ocorre, lamentavelmente devido à ineficácia da legislação brasileira que, consequentemente potencializa e agrava o receio de denunciar.

Em primeira análise, evidencia-se o aumento exacerbado de violência contra as mulheres no ambiente doméstico. Segundo o “Datafolha”, uma em cada quatro mulheres afirmam ter sofrido alguma categoria de agressão durante a pandemia de Covid-19. Sob essa ótica, torna-se inquestionável que o confinamento causou um deterioramento nas relações conjugais, visto que, os consortes foram obrigados a passarem mais tempo convivendo sob o mesmo teto.

Além disso, a ineficiência da legislação no país é responsável pelo sentimento de impunidade por parte do agressor que, não raro, permanece em liberdade e dando continuidade às agressões. Desse modo, a vítima se sente insegura, como também incrédula em relação ao amparo do poder público. Em virtude disso, muitas mulheres optam por não denunciar seus agressores, permanecendo à mercê da persistente violência que a ela é cometida.

Percebe-se, assim, como a violência contra as brasileiras ainda se perdura e se agrava devido ao confinamento durante o período pandêmico. Ademais, é inquestionável a urgência de medidas eficientes que amenizem o poder de ação do autor da violência.

Ps: Não houve a orientação de que precisava de uma proposta de intervenção.