A Persistência da Violência da Sociedade Brasileira Contra a Mulher

O filme “Preciosa- Uma História de Esperança”, retrata a vida da jovem Claireece Preciosa, em que a personagem sofre constantes abusos físicos de sua mãe, e na sua infância era constantemente abusada sexualmente pelo seu próprio pai. No entanto, as agressões que a personagem sofre no filme – sendo baseado em uma história real- é a realidade de inúmeras brasileiras. Assim, seja pela falta de resolução contra as denúncias de violência, seja pelo pensamento que as mulheres são inferiores aos homens

Em primeiro plano, cabe destacar, a falta de resolução contra os casos denunciados, como principal fator contribuinte no  aumento dos casos. Segundo o Art. 3, Inc. VI da Constituição Federal de 1988 é dever do Estado promover o bem de todos, não importando sexo, raça, cor e idade. Apesar de a Constituição ser a maior norma de hierarquia jurídica do país, assiste-se, no Brasil hodierno, um desrespeito a carta magna, haja vista o desacato de órgãos de segurança contras as inúmeras denúncias de violência contra a mulher. De acordo com dados do portal de notícias do G1, somente 45% dos casos são realmente resolvidos. Dessa forma, é comum se observar a continuação das opressões.

Em segundo plano, vale ressaltar, o pensamento arcaico de que o homem é superior à mulher como um dos principais contribuintes para a problemática. Isso ocorre, pois, tal ideal é visto na sociedade desde os tempos primordiais, tendo o gênero feminino definido pela sua delicadeza e submissão ao gênero masculino. Apesar desse padrão ter seus avanços, ainda é comum de ser  escutar que as moças precisam obedecer aos homens, o que pode gerar a crença dessas palavras em meninas que ainda estão em desenvolvimento. Exemplo disso recai ao filme, “I, Tonya”, em que a esqueitista profissional, Tonya, é diariamente espancada por seu marido, e sempre acredita ser a culpada por esses abusos.

Conclui-se, portanto, que intervenções precisam ser tomadas para solucionar essa questão. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos, a partir de mídias publicitarias na televisão e nas redes sociais, apresentar conteúdos educativos sobre o tema supracitado, em horários estratégicos ao longo do dia, com o fito de alcançar um maior público, para que as pessoas possam ter conhecimento acerca do assunto. Desse modo, o tema poderá ser intermediado.