A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Madrid, Espanha. Oito ladrões com macacões vermelhos e máscaras de Dalí, entram na Casa da Moeda da Espanha com o objetivo de imprimir seu próprio dinheiro. Essa é a trama da série “La casa de papel”. Entre os ladrões duas protagonistas são mulheres que sofrem por comentários machistas e submissão aos homens. Fora da ficção, essa é a realidade no Brasil, no qual com o patriarcalismo,mulheres passam a sofrer com violência física e psicológica.

Primordialmente, o sistema patriarcal foi presente desde as mais antigas gerações da humanidade. Durante o período Paleolítico era bastante comum a mulher ser submissa ao homem, sendo ele considerado a autoridade máxima, o qual era responsável por ser o “chefe da família”. Atualmente, essa situação é comum, o qual o homem impõe regras e autoridade social para sua companheira. Devido a falta de igualdade de gênero, a sociedade feminina é vista como “sexo frágil” a qual acaba aceitando limites impostos pela sociedade machista.

Como resultado, o avanço nos números de casos de agressão doméstica. Segundo o pensamento da filósofa Simone Beauvoir, “Não se nasce mulher, torna-se uma”. Em análise somente mulheres que sofreram algum tipo de agressão sabem o quanto é difícil se recuperar desse quadro pós-traumático. De 332.216 processos envolvendo a Lei Maria da Penha apenas 33,4% foram julgados segundo o Conselho Nacional de Justiça, consequentemente surge vítimas se sentido desprotegida pela lei. Logo, devido a falta de assistência do Estado geral o acúmulo de processos de violência doméstica.

Portanto, é miste que o Estado tome providências para melhorar o quadro atual. Para que exista uma sociedade mais harmoniosa com a diminuição dos casos de crimes domésticos, urge que o Estado com o Poder Executivo aprimore leis que protege a mulher, cabe ao Estado também acelerar os processos que não foram julgados, por meio de investimentos através de verbas governamentais na Lei Maria da Penha,assim como oferecer advogados públicos para acelerar os processos, e atendimentos psicológicos através de palestras para a sociedade feminina que sofreu um ato de violência. Somente assim a mulher irá se sentir em uma sociedade mais junta,segura e igualitária,diferente das protagonistas da série “La casa de papel”.