A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira.

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No livro “Utopia” de Thomas More, é exposto um ambiente perfeito, no qual a consciência coletiva e eficiência do Estado são ferramentas cruciais para o avanço da nação. Fora da obra, é fato que a persistência da violência contra a mulher apresenta um obstáculo para uma comunidade alienada inerente como a brasileira. Dessa maneira, é necessária a  análise concreta da problemática, com ênfase no fenômeno de impunidade no Brasil e a cultura e valorização do patriarcado, que além de ser realidade, tende a potencializar e agravar a imoralidade inata.

Em primeiro plano, é licito postular medidas governamentais para combater a impunidade no Brasil, cujas leis são incorretamente aplicadas mediante os agressores. Sendo, portanto, consequência direta o silenciamento das vítimas, que por conta do medo, acabam não denunciando as agressões. O ambiente de violência é tomado como normal no cotidiano dessas pessoas. Segundo o filósofo Georg Hegel, vive-se uma realidade confirmada no “Status quo’ – senso comum. Para ele, há um determinismo que impede o homem de enxergar os entraves sociais, interpretando-os como normais. Analogamente é esse o transtorno gerado: O individuo, inserido nesse panorama, torna-se alienado frente à problemática.

Outrossim, a cultura de valorização do patriarcado também é realidade que tende a dificultar a atenuação do obstáculo, haja visto que a desigualdade de gênero perpétua para o agravamento desse entrave. De acordo com a filósofa existencialista Simone de Beauvoir, a humanidade é masculina e o homem define a mulher não em si, mas relativamente a ele; ela não é considerada um ser autônomo. Partindo desse pressuposto, percebe-se que a figura masculina patriarca colabora para que haja a desvalorização da mulher e consequentemente o agravamento da violência.

Diante do exposto, são necessárias medidas capazes de mitigar esse quadro alarmante. Para tanto, é necessário que o Estado reformule a postura estatal e aplique de forma correta a lei, acolhendo e atendendo a vítima e punindo o violentador, além de promover investimentos para que palestras sejam feitas em prol da enfatização da igualdade de gênero, promovendo a sororidade entre as mulheres e a erradicação da cultura patriarcal que ainda hodierna. Desse modo, com o apoio da sociedade e do Estado, pode-se-á diminuir em médio e longo prazo o impacto nocivo da
violência contra a mulher.

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3 Correções

  1. Olá, boa noite. Sua redação está muito boa, com poucos erros. Acho que você está estudando para o Enem, então eu vou te avaliar de acordo com ele.

    Segue a nota:

    C1: 150 = Bom domínio da língua portuguesa com poucos desvios.

    C2: 160 = Apresenta uma argumentação consistente, com repertório sociocultural e um domínio excelente do texto dissertativo-argumentativo.

    c3: 150 = Defende uma tese de forma organizada, com indícios de autoria. Capaz de apresentar opiniões, fatos e informações relacionados ao tema.

    c4: 190 = Sabe articular as partes do texto com uso diversificado de recursos de coesão.

    c5: 190 = Consegue apresentar proposta detalhada, coerente e relacionada à argumentação desenvolvida na redação.

    NOTA FINAL: 840.

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  2. O seu texto é excepcional. Ficaria facilmente com uma pontuação entre 840 a 870. Mas, eu não sei absolutamente nada da norma padrão(Fiquei um bom tempo sem praticar). Contudo, no último parágrafo “e punindo o violentador”(Poderia substituir punindo por reprimenda ou sentença.) Visto que, “punindo” tem sentido de castigo(danos físicos, mas depende do corretor) ;)

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  3. Diante do exposto, são necessárias medidas capazes de mitigar esse quadro alarmante. Para tanto, é necessário que o Estado reformule a postura estatal e aplique de forma correta a lei, acolhendo e atendendo a vítima e punindo o violentador, além de promover investimentos para que palestras sejam feitas em prol da enfatização da igualdade de gênero, promovendo a sororidade entre as mulheres e a erradicação da cultura patriarcal que ainda hodierna. Desse modo, com o apoio da sociedade e do Estado, pode-se-á diminuir em médio e longo prazo o impacto nocivo da
    violência contra a mulher.
    O seu único erro foi não colocar o meio/modo e o detalhamento na sua conclusão, fora isso está tudo certo

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