A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

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A série “Bom dia, Verônica”, baseada na obra literária de Ilana Casoy e Raphael Montes, aborda a história de diversas mulheres brasileiras que, em pleno século XXI, ainda convivem com a existência da violência em suas vidas. De maneira análoga à série, a sociedade brasileira ainda sofre com a persistência da violência contra a mulher no hodierno. Tal realidade se deve, majoritariamente, à cultura de valorização do sexo masculino e à negligência educacional.

Sob esse viés, é lícito postular a cultura de enaltecimento da figura masculina como fator impulsionador para a perpetuação desse problema no Brasil. Nessa perspectiva, segundo o primeiro Código Civil Brasileiro, de 1916, “O marido é o chefe da sociedade”, além disso, o homem tinha a liberdade de autorizar, ou não, o trabalho da mulher e de administrar os bens dela. Nesse sentido, o patriarcalismo sempre foi uma cultura evidente na sociedade brasileira, o qual desencadeou o pensamento machista, sendo este, ainda notório no século XXI, em que a mulher, frequentemente, é considerada inferior ao homem. Logo, devido a tal cultura, muitas mulheres são desrespeitadas e tratadas de forma inadequada, por isso, há muitos casos de violência contra a esfera feminina.

Outrossim, é imperativo pontuar que a negligência educacional também agrava a violência contra a mulher no país. Nessa lógica, o pensamento do educador Paulo Freire, o qual defende a ideia de uma educação crítica, responsável pela formação de seres pensantes e interessados pela cultura do país, é inexistente no Brasil, haja vista que, muitas vezes, as escolas não tornam seus alunos cidadãos com conhecimentos além dos fornecidos pelos livros. Diante disso, em virtude da ausência de discussões acerca da violência contra as mulheres e ensinamentos para desconstruir a cultura machista, nas escolas brasileiras, a cultura de inferiorização continua sendo perpetuada na sociedade, contribuindo, para a persistência da violência contra o núcleo feminino. Com isso, indivíduos, por não terem recebido uma educação crítica sobre a igualdade de gêneros, são pessoas desinteressadas pela evolução da cultura e continuam seguindo ideais equivocados. 

Portanto, urge que medidas sejam tomadas para desconstruir a persistência da violência contra as mulheres na sociedade brasileira. Sendo assim, sugere-se que o Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, cuja função é promover políticas que defendam os direitos das mulheres, juntamente ao Ministério da Educação, órgão responsável por garantir o conhecimento aos cidadãos, promova discussões no âmbito educacional sobre a importância da igualdade de gênero. Isso pode acontecer por meio de modificações da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), a partir do Ensino Fundamental, visto que com aulas sobre a igualdade de gênero famílias e crianças serão impactadas com informações que desconstruirão o ideal machista e estimularão a efetiva igualdade de gênero na sociedade, de modo a mudar a mentalidade dos meninos desde cedo. Dessa forma, espera-se que a realidade vivida pelas mulheres de “Bom dia, Verônica” não se repita na sociedade brasileira.

Por favor, se puderem corrigir dando nota por competência. Inclusive, na folha de redação deu 30 linhas, favor desconsiderar isso na hora da correção. Desde já, muito obrigada!!!

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3 Correções

  1. Sua introdução está perfeita, apresenta contextualização, alusão e tese, porém faltou a conclusão.
    Desenvolvimento 1: Opte por utilizar conectivo de início, ex: Em primeiro plano, Em primeira análise.
    Tópico frasal (ok) repertório (ok) argumentação (ok) conclusão (ok)

    Desenvolvimento 2: Melhor conectivo para o d2 =) (ok) tópico frasal (ok) repertório (ok) conclusão (ok) << tente sintetizar um pouco mais essa conclusão.

    Proposta : A proposta é relevante, mas não tem muita necessidade de explicar a função de cada órgão ( só deixa o parágrafo extenso e não agrega na intervenção) Seja direta , mostre o que vai ser feito, por qual órgão, por meio de que, e a finalidade.

    Vou dar uma nota geral : 900

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  2. Competência 1- Demonstrar domínio da norma da língua escrita: 160/200
    Competência 2- Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo: 200/200
    Competência 3- Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista: 200/200
    Competência 4- Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação: 200/200
    Competência 5- Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos: 200/200
    Nota final: 960

    Obs: Sua redação está excelente, muito bem escrita e estruturada. Você demonstra um ótimo nível de repertório sociocultural e soube utilizá-lo muito bem em sua argumentação. Tome cuidado com estruturais frasais que sutilmente podem deixar o texto um pouco cansativo para o corretor, como “nessa perspectiva”, “nesse sentido” e “nessa lógica”. Evite a construção de períodos muito compridos, busque ser o mais clara possível com o menor número de palavras, isso vai tornar o texto mais objetivo e compreensível. Cuide com inversões sintáticas e com o uso excessivo de vírgulas, você vai perceber que se reduzir um pouco as frases, você vai conseguir adequá-las melhor. No mais, sua proposta de intervenção está ótima, com todos os elementos em evidência e com uma maestria na retomada da tese. Parabéns pelo texto, continue assim!

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  3. Para mim, sua redação é nota 1000. Nela, é possível observar tese, encaminhamento argumentativo, bons repertórios, desfechos críticos, e uma conclusão completa, com agente, ação, meio/modo, finalidade e detalhamento.

    Parabéns! Continue assim e, até novembro, você tirará 1000 no Enem.

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