A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

      Apesar das valiosas conquistas femininas alcançadas ao longo do tempo, a violência contra a mulher infelizmente persiste na sociedade atual. Concomitantemente, a falta de conscientização da população em relação à problemática e a contínua expansão de raízes históricas patriarcalistas dificultam que o conservadorismo seja desfeito.

      Desde as antigas civilizações, as mulheres estiveram inseridas em um espaço no qual não usufruiam dos direitos básicos do ser humano. Submetidas a uma posição de inferioridade e discriminação em relação aos homens, enfrentavam uma árdua rotina de estarem presas ao ambiente doméstico e exercerem, exclusivamente, a função de esposa e mãe. Mesmo após se ingressarem no mercado de trabalho, seus direitos e oportunidades foram dificultados. O trágico dia 25 de março de 1911, por exemplo, marcou a história com a luta por igualdade e direitos.

      Atualmente, apesar de todas as reinvindicações e conquistas, as mulheres ainda sofrem com as mais variadas formas de violência. Atitudes decorrentes de pensamentos misógenos implicam a autonomia e dignidade do gênero feminino. O desrespeito é frequente e veemente até mesmo nos espaços públicos. Os casos de assédio e feminicídio aumentam continuamente e, como consequência da banalização da violência contra a mulher, prejuízos físicos e psicológicos se expandem na sociedade contemporânea.

      Portanto, diante dos fatos apresentados, cabe ao Estado aplicar leis que realmente apoiem as mulheres e as forneçam todo auxílio necessário. De modo efetivo e ágil, o agressor deve ser penalizado. Além disso, devem ser desenvolvidas medidas socioeducativas que vizem a conscientização da população a respeito da temática, nos  diversos meios de comunicação.