A persistência da violência contra a mulher

As constantes mudanças na sociedade não foram capazes de exterminar os grandes números de agressões sofridas pelas mulheres. Essa situação é retratada na série “inacreditável”, em que a personagem Kaitlyn é estuprada e enfrenta dificuldades no processo de denunciar o crime. Contextualizando com a realidade de hoje, isso ocorre devido ao sentimento de impotência das mulheres em relação ao sexo masculino. Como também, a frequência de negligências policias sobre crimes que visam rebaixar a integridade das mulheres. Desse modo, os fatores acima contribuem para persistência dessa problemática social.

Em primeira análise, é evidente que os traumas deixados por uma sociedade completamente patriarcal assombram as mulheres até os dias de hoje. Ademais, a prática constante do machismo faz com que muitas vítimas se sintam culpadas ou envergonhadas pelo ocorrido. Por consequência, o Ministério da Justiça afirma que 52% das vítimas se calam com a possibilidade de denunciar seus abusadores. Sendo assim, a pressão e o medo do julgamento tornam-se maiores que a vontade de fazer justiça. Gerando uma diminuição nas denúncias, que afeta de forma direta no combate à violência contra a mulher.

Além disso, a negligência policial em relação aos casos relatados é vista com bastante frequência. Exemplo disso, é o caso da blogueira Mariana Ferrer que foi humilhada e exposta de maneira desnecessária por promotores em uma das audiências. Ademais, é muito comum ver órgãos que ao invés de defender e acolher as mulheres agredidas, tentam culpabilizar e invalidá-las. De tal forma, é visível a ineficiência do estado em proteger a integridade, uma vez já violada, das vítimas. Assim, aumentando os casos de feminicídios no Brasil.

Em suma, diante os fatores mencionados acima, é inaceitável que os números de agressões continuem subindo. Por tanto, é função do Ministério da Educação elaborar um plano de estudo que inclua aulas de feminismo, e inseri-las nas grades escolares com o intuito de reeducar a sociedade e diminuir situações machistas. Bem como, o Ministério da Justiça juntamente com o Ministério da Mulher desenvolverem um sistema que priorize ter mulheres a frente do processo, a fim de deixar as vítimas mais confortáveis. Para então, diminuir o número de mulheres como Katilyn, que sofrem com o desrespeito todos os dias.