A Persistência da Violência Contra a Mulher

Na série espanhola “Las Chicas Del Cable”, a qual se passa no século XX, tal período em que as mulheres começaram a conquistar espaço no mundo do trabalho, são relatadas as diversas agressões que uma mulher sofre dentro de casa pelo próprio marido. Infelizmente, na atual sociedade a qual nos encontramos, a violência contra a mulher ainda é persistente.

Decorrente de uma natureza retratada como frágil e incapaz, as mulheres são vistas como inferiores aos homens, através dos olhos de uma sociedade sexista. Dessa forma, o sexo feminino acaba se tornando uma das vítimas de violência mais comuns e crescentes. Além disso, os tipos de violência contra a mulher podem ser diversos, entre eles estão: a física, moral, psicológica, sexual e patrimonial, sendo a física a ficar em primeiro lugar, com 51,91% dos casos relatados no Brasil, em um balanço de 2014 pela Secretária de Políticas para as Mulheres. Dessa maneira, então, pode-se entender a seriedade e gravidade de tal problema retratado.

Ademais, de acordo com a antropologia, o ser humano é moldado pela sociedade, por suas experiências e vivências, sendo então facilmente influenciado por gerações anteriores a sua, repercutindo assim, com a mentalidade e cultura machista. Por conseguinte, a mulher não só corre perigo de ser violentada por qualquer pessoa, independentemente de proximidade, como também de ser vítima de feminicídio.

Tendo em vista os aspectos apresentados, é necessário que o Ministério da Segurança Pública, juntamente com o Poder Legislativo, adotem medidas efetivas capazes de neutralizar o poder de ação do agressor, tanto no âmbito da segurança, quanto em relação a políticas de prevenção, por meio de um projeto de lei entregue à câmara dos deputados e investimento no devido funcionamento das leis já existentes. Visando assim, combater a persistência da violência contra a mulher.