A Persistência da corrupção no Brasil no século XXI

No poema “Canção do Exílio”, Gonçalves Dias descreve uma aprazível visão do Brasil: um país dotado de beleza e primores. Todavia, na contemporaneidade, esse cenário tem sido deturpado pela corrupção persistente, a qual deixa-o sob a perspectiva de um local ignóbil. Esta decadência é resultante da falta de qualificação dos políticos e do Apolitismo da população.
Primariamente, é de conhecimento geral que na Constituição Federal Brasileira não é exigida escolaridade minima para líderes do poder Executivo, enquanto que o Judiciário, no artigo 93.1, exige a comprovação de pelo menos três anos de atividade para cargos de liderança no mesmo. Este fato contribui com as práticas corruptivas, pois, sem experiência na gestão política, os governantes não têm como exercê-la positivamente, por não serem instruídos acerca dos valores éticos necessários para este fim.
Ademais, sabe-se que, para o filósofo francês Francis Wolff, Apolitismo é um termo que designa a recusa do cidadão em participar da comunidade política e das escolhas que ela faz. Desse modo, por conta de vícios no sistema, grande parte dos brasileiros tornou-se indiferente ás decisões plenárias, como mostra o levantamento feito pelo Ibope em 2018, no qual consta que 45% da população não tem interesse nas eleições. Infelizmente, este número gritante torna ainda mais incessante a ação de candidatos corruptos, porquê através disso, eles não são denunciados e saem impunes de seus crimes.
Portanto, é importante que os atuais representantes dos Poderes Executivo e Legislativo, criem um projeto de lei, por meio de investimentos estatais, o qual exija a qualificação em Ciências Políticas para candidatos ás funções de liderança, outrossim, à mídia é cabível promover campanhas publicitárias que estimulem o povo brasileiro a participar da politica, isto pode ser feito com a disseminação dessas propagandas em meios de comunicação. Assim, poder-se-à amenizar a persistência da corrupção no Brasil e devolver ao país a perspectiva exaltada por Gonçalves Dias.