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A Permanência do Bullying na Sociedade Brasileira

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Antes de lerem o texto, deixem eu colocar uma observação aqui: Meu professor de redação pediu apenas uma tese e um parágrafo de desenvolvimento, por isso o texto não tem os 2 parágrafos de desenvolvimento necessários para o ENEM, espero que entendam, agora vamos para o Texto:

 

No livro “Extraordinário”, escrito pela americana R. J. Palacio, Auggie Pullman é um garoto que sofre bullying em sua escola por causa de uma deformação facial – fruto de um problema genético – sendo vítima de piadas, rumores e excluído pelo restante de seus colegas. Fora da ficção, percebe-se também na atualidade, a permanência do bullying na sociedade brasileira. Tal fato ocorre, entre muitos outros fatores, por consequência da naturalização desse problema, tornando difícil sua cessação.

Em primeiro plano, é importante notar que a maioria da população brasileira já teve contato com esse tipo de violência. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação (MEC), 69,7% dos estudantes já presenciaram atos de violências físicas e psicológicas dentro da escola. Todavia, muitas dessas testemunhas não denunciam o ocorrido, seja por medo de também serem vítimas do bullying ou por temerem ser desacreditadas pelos adultos responsáveis. Consequentemente, com a problemática não resolvida, o violentado poderá um dia tornar-se o violentador, de modo que um ciclo vicioso do problema ocorra, dificultando ainda mais seu fim.

Portanto, urge que o Ministério da Educação, por meio de verbas destinadas às escolas, proponha palestras e debates sobre o bullying para os estudantes, de modo que eles sejam conscientizados sobre o problema. Outrossim, faz-se necessário que as escolas proporcionem projetos de apoio às vítimas dessa agressão, por meio da contratação de psicólogos e servidores apropriados para o problema, de modo que outras pessoas sejam incentivadas a denunciá-lo, fazendo com que essa problemática acabe. Só assim, como no final do livro “Extraordinário”, poder-se-á ter uma sociedade escolar justa a todas as pessoas.

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2 Correções

  1. De início, não sou nenhuma corretora profissional, mas o que sei, compartilharei com você.

    Sua redação está muito bem escrita, seja na estrutura de texto, seja no planejamento do mesmo e foi apresentado bom domínio na ortografia. Porém, na sua conclusão foi colocado dois agentes: MEC e as escolas. No desenvolvimento do primeiro observa-se a presença de 3 componentes da proposta de intervenção, faltando o detalhamento, e a finalidade, componente da proposta, foi deixado para o último período do parágrafo, o que não confere erro. Já no desenvolvimento do segundo houve a falta, também, do detalhamento, apresentando 3 componentes, e a finalidade junto com a primeira apresenta-se no último período.

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  2. “Em primeiro plano” não fica legal num texto com três prágrafos – haverá outro plano argumentativo?

    É muito melhor unir as supostas duas propostas, numa ação coordenada, do que apresentar duas propostas separadas só por medo de o avaliador descartar uma das propostas. Ora, a competência do Enem não exige duas propostas. Logo, concentre-se na sua ideia principal e detalhe-a com melhor precisão, já que o detalhamento das atitudes do MEC pode incluir muito bem uma participação das escolas no sentido de identificar o bullying e promover apoio psicológico (convocando os pais) e reprimindo principalmente os atos de bullying. Inspirando nos professores e zeladores essa função de terapeutas informais.

    Seu professor recomenda que você use um parágrafo apenas de desenvolvimento visando o Enem ou como exercício para o colégio? É importante distinguir, o Enem fala em ARGUMENTOS, no plural. Acho até curioso como vocês investem tanto na Proposta, se o próprio manual sequer cogita colocar um “s” entre parênteses, “Proposta(s)” (Pág. 7 do Manual de Redação do Enem 2017; ou pág. 5 da versão 2019 – que eu acho mais feia), porque simplesmente não há critérios para avaliar duas propostas, não há sequer espaço pra isso.

    Eu espero de verdade que você não se bagunce a ponto de considerar esrever um parágrafo de desenvolvimento e dois de conclusão!!

    Obs: entendo perfeitamente a função pedagógica de se escrever um parágafo de desenvolvimento só, mas acho até curioso cê mandar pra cá se isso é mero exercício de colégio.

    Se for sugestão do professor especificamente para o Enem, preciso destacar que a dialética não é nada bem-vinda neste exame, pois ela só enfraquece o teu poder de persuasão, já que você é obrigado a fazer uma proposta e, consequentemente, precisa escrever no sentido da existência do problema abordado pela sua tese.

    Nesse sentido, se você me diz que a naturalização é um problema, não é persuasivo me dizer que a maioria sofreu/testemunhou esse problema e, portanto, é uma norma. Você mesmo dá um argumento pro corretor, e como não tem espaço para tornar isso uma contra-argumentação (em vez de dialética), você acaba deixando soltas perguntas como “por que as pessoas deveriam denunciar, se isso já não espanta mais?”.

    Enfim, talvez você quisesse evitar esse tipo de observação, já que é um confronto aparente com o seu professor, mas isso é só pra explicar as implicações estruturais que a ausência do 2º parágrafo de argumentação pode ter.

    A ideia de dois argumentos é, inclusive, para atender à demanda de Interdisciplinaridade. Por exemplo: faz sentido apresentar duas propostas, supostamente distintas e, portanto, insubordináveis, se ao longo do texto você só me trouxe uma perspectiva – que eu posso chamar de social, da apatia?

    Porque se espera que a proposta tenha conexão direta com o assunto, a temática, que você decidiu desenvolver, é isso que traz a coerência; você não vai apresentar algo completamente novo na conclusão, daí é que faz tanto sentido unir as propostas que você apresentou, elas são subordináveis, não são frentes de atuação distantes.

    Bom, talvez eu tenha falado o que o seu professor possa estar planejando te falar, ou talvez você esteja pulando etapas, ou posso ter sido útil, sei lá, sei que não me entra na cabeça a ideia de um parágrafo de desenvolvimento, apesar de eu já ter visto uma redação nota mil com 3 parágafos, só que teve erro de digitação do pdf (pág. 37 do Manual 2019).

    Pode dar um voto negativo se eu fiz justamente o que você não queria que eu fizesse, eu não consegui me controlar kkkk.

    Tirando isso, teu caminho parece estar sendo bem trilhado, mas não quero nem imaginar você escrevendo só um argumento na hora do Enem! Bons estudos!

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