A pecuária como ameaça ao meio ambiente

Em vários episódios de O Rei do Gado, famosa telenovela brasileira, os meios para a criação de gado em larga escala são evidênciados de forma a informar o público de forma sutil. Abordando desde o uso indevido de agrotóxicos até o desmatamento (e o consequente aumento na emissão de gás carbônico), é inegável dizer que este foi um importante março televisivo nacional para a população, que até então pouco sabia sobre o assunto. Nos dias de hoje, entretanto, a vida real é pouco diferente da dramaturgia, uma vez que é crescente o desmatamento pecuário aliado ao constante uso de agrotóxicos, o que apenas contribui para tornar o ofício uma inegável ameaça ao meio ambiente.

Quando falamos da pecuária, é imprescindível comentar sobre o fenômeno da desertificação dos solos causado pelo uso indevido de agrotóxicos, principalmente em regiões como o Cerrado, que já vem sofrendo com o problema há bastante tempo. Só na última década, o crescimento da agropecuária de criação atingiu mais de 60%, contribuindo não só para o aumento da concentração  de CO², mas também maximizando as ondas de desertificação nesses mesmos lugares.

Com a criação do Protocolo de Kyoto após a convenção do clima promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas), esperava -se que os países participantes encontrassem meios de diminuir a quantidade de gases do efeito estufa encontradas e emitidas em seus territórios. No entanto, este não foi exatamente o caso do Brasil: pouco se fez para resolver o problema. Pelo contrário, as medidas de proteção à criação de gado só aumentaram.

Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. Os Ministérios da Saúde e Meio Ambiente devem criar campanhas midiáticas e na televisão aberta de forma a estimular petições públicas que pressionem o Congresso a criar leis mais duras de fiscalização de agrotóxicos e contra o desmatamento exacerbado para a pecuária. Dessa forma, a criação de gado terá um impacto menor no meio ambiente brasileiro.