A pandemia e o agravamento da xenofobia no Brasil

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No final do século 19, imigrantes chineses desembarcaram em solo americano para trabalhar na extração e garimpo, de modo que uma crescente onda de xenofobia obrigou  o presidente dos Estados Unidos a proibir, em 1882, a entrada de chineses no país. Na atualidade do cenário brasileiro, a discriminação contra asiáticos perdura, de modo que as pessoas temem perder os empregos para chineses. O início da pandemia culminou ainda mais para preconceitos contra imigrantes se difundirem, já que Wuhan foi o primeiro epicentro do covid-19 e alguns representantes de autoridades do governo alastram a errônea informação de que o corona vírus se originou na China.

Abraham Weintraub, antigo ministro da educação, em uma publicação no Twitter, ridicularizou o sotaque chinês e sugeriu o fortalecimento do país asiático com a solidificação da pandemia gerando desconforto entre a embaixada e imigrantes residentes. Ademais, a estigmatização dos asiáticos em geral tomou grandes proporções durante a pandemia, chegando a causar uma crise diplomática entre o Brasil e a China quando Eduardo Bolsonaro comparou a China com a URSS.

Estima-se que, atualmente, o número de chineses imigrantes se aproxima de 55.000, significativamente sitiados em São Paulo, um fato que remete a chegada de trabalhadores vindos de Macau para o cultivo de chá no sudeste com a influencia de dom João VI durante a colonização. Além disso, basta olhar a história de asiáticos no Brasil para se notar a xenofobia bem enraizada, houve a denúncia de que um grupo de imigrantes havia sido solto pela floresta para ser caçado por diversão, entre os caçadores estavam membros da família real.

Parafraseando Karl Marx: As revoluções são a locomotiva da história. É por meio da revolução dentro dos conceitos de cada cidadão que haverá a mudança de comportamento, mudança essa que precisa do apoio de outros sistemas que ocasionaram esse erro, como canais jornalísticos e o próprio governo. Conclui-se que uma série de fatores conduz a sociedade ao erro de menosprezar culturas diferentes apenas por fatores históricos e, infelizmente, a pandemia agravou em conjunto com fake news e rixas políticas. Cabe à mídia, com a função de diminuir preconceitos e injúrias raciais, disseminar a verdade a respeito da origem do corona vírus e incentivar o povo a respeitar os asiáticos. Concerne à boa vontade de líderes do governo aprender a mudar conceitos e reformular frases erradas e, principalmente, às camadas populares se adaptar a mudança. Só assim a democracia e tolerância reinarão sobre o corpo social.

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1 Correção

  1. Olá, tudo bem?
    Eu não sou profissional na correção, mas vou tentar te ajudar com o que eu sei.

    Competência 1: Domínio da norma padrão da língua portuguesa.
    Nota: 200

    Competência 2: Compreensão da proposta de redação.
    Nota: 140

    Competência 3: Seleção e organização das informações.
    Nota: 100

    Competência 4: Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto.
    Nota: 140

    Competência 5: Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os direitos humanos.
    Nota: 100

    Você escreve muito bem, mas o seu desenvolvimento textual não está nos padrões ENEM. É necessário deixar bem explícito suas teses no início dos desenvolvimentos em um tópico frasal, e desenvolve-las com um repertório sociocultural. Na conclusão, não é muito indicado trazer citações, é melhor apenas falar sobre os 5 itens (agente, ação, meio/modo, finalidade e detalhamento) e fazer uma ligação com a introdução. Continue praticando! Nota: 680

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