A outra face do movimento feminista

  O movimento feminista é pautando em ideais de equidade, ou seja, uma luta das mulheres para conquistar o mesmo reconhecimento concedido aos homens, seja em qualquer área. Porém, essa luta surgiu há muito tempo, podendo-se citar exemplos onde as mulheres e os homens gozavam ainda dos mesmos direitos. Fato esse que pode levar à conclusão de que, parafraseando Isaac Newton, famoso filósofo, o que sabemos sobre o feminismo é uma gota, mas o que ignoramos é um oceano.

  Em primeiro plano é necessário ressaltar o período do auge da Revolução Industrial, no século XIX, onde todos exerciam horas excessivas de trabalho, podendo chegar a turnos de até 18 horas seguidas. A partir de tal excessividade, as mulheres perceberam que não poderiam se dedicar tanto ao trabalho, visto que ainda precisavam realizar os afazeres domésticos, motivo pelo qual lutaram pela diminuição de horas trabalhadas, o que ocasionou também na retirada das mesmas de áreas de trabalho perigosas, como nas expedições marítimas ou nas primeira e segunda guerras mundiais, nos trazendo à hoje, onde o alistamento só é obrigatório para homens.

Por conseguinte, afirma-se então que a mulher tornou-se feminista gerando pura contradição histórica. Fato esse que também aconteceu no Brasil, no século XIX, a partir da chegada do feminismo por meio de mulheres como Simone de Beauvoir, feminista essa que tem seus princípios queimados no livro “Memórias de uma moça mal comportada” de Bianca Lamblin, que quando adolescente é recrutada a participar da vida de Simone e seu marido, o que não nos deixa com boas impressões sobre uma das primeiras feministas do mundo.
  Tendo em vista os fatos apresentados, ve-se que é necessário um maior esclarecimento por parte da população, podendo se dar através das escolas, principal meio de divulgação educacional entre os jovens, nas aulas de história por exemplo, para que finalmente todos possam ouvir toda a história do feminismo e, só assim, enxergar todo o oceano dos fatos.