A ontologia do abandono

OBS: Por favor, explicitem a nota individual de cada competência :)

Tema: A importância de discutir o abandono paternal

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reconhece que a relação entre pais e filhos é fundamental para garantir o desenvolvimento e bem-estar da prole. Entretanto, mesmo que garantido esse reconhecimento na lei, tal cenário não se repete na realidade brasileira. Nesse sentido, milhares de crianças são abandonadas todos os anos pela sua figura paterna e, considerando a importância desse elemento dada pelo ECA, é mister a discussão sobre o tema de abandono paternal.

Primeiramente, é válido salientar a importância de uma estrutura familiar completa. Nesse sentido, para o sociólogo Max Weber, é na família em que ocorre a primeira socialização, ou seja, é nela em que o indivíduo começa a ser inserido na sociedade. Tendo sua relação familiar com um membro a menos, a criança poderá vir a desenvolver dificuldades para se relacionar socialmente no futuro. Logo, evidencia-se a importância ontológica e social de um pai.

Por conseguinte, tendo suas relações sociais prejudicadas pelo seu desenvolvimento incompleto, o indivíduo não conseguirá formar plenamente sua identidade. Isso se dá pois, para o sociólogo Stuart Hall, o ser humano é formado por múltiplas identidades, construídas a partir do contato com outras pessoas. Concluí-se portanto, que o abandono paterno possui consequências negativas para o abandonado que podem perdurar uma vida inteira.

Dessarte, visto os efeitos destrutivos à vida dos filhos que o abandono paterno pode ocasionar, é fundamental a discussão para a resolução desse problema. Isso se dará através de palestras ministradas por psicólogos da família em escolas públicas, para que desde cedo se desconstrua a figura normalizada de um pai ausente, com o fito de evidenciar aos meninos, desde cedo, sua importância na formação social um  filho incentivando o não abandono. Desse modo, as crianças do futuro poderão viver com seus pais, podendo assim, desenvolver plenamente as suas identidades.