A objetificação da mulher

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 No período do Romantismo, a mulher era vista como gênero frágil, como um objeto de satisfação do desejo sexual masculino. Desde então muitos paradigmas foram desmistificados, porém a visão errônea de um grupo vulnerável e dependente dos homens ainda persiste na sociedade atual. Os impactos da objetificação da mulher são diversos, entre eles é imprescindível destacar o uso do corpo feminino como instrumento publicitário, bem como a doutrina de padrões de beleza.

É primordial ressaltar, a princípio, que o uso do corpo feminino como instrumento publicitário é um fator determinante para a permanência do problema. É visto que, as grandes empresas, a fim de alcançar a atenção do público alvo masculino para determinado produto ou serviço, usam o corpo da mulher de forma sexualizada como um objeto de marketing. Grande exemplo disso são as propagandas da cerveja Itaipava que apresentam na maioria de seus informes publicitários, comerciais e anúncios que sexualizam a modelo da marca. Esse tipo de campanha já está tão presente que as pessoas consideram normal ver uma empresa objetificando uma mulher em prol do próprio reconhecimento e da divulgação do seu produto.

Ademais, é notório o modo como uma doutrina de padrões de beleza influencia de forma negativa por uma busca pelo “corpo perfeito”. O resultado dessa ideologia são distúrbios e transtornos, além da depressão. As consequências são a busca desenfreada por diretas sem um acompanhamento nutricional, que podem afetar o funcionamento do corpo, a procura por exercícios físicos que, se não assistidos por um profissional, podem desencadear problemas maiores, a automedicação com suplementos sem indicação médica e uma busca incessante por reconhecimento nas mídias.

Assim, para que a objetificação da mulher deixe de fazer parte da realidade brasileira, medidas precisam ser tomadas. Faz-se, portanto, que as empresas deixem de exibir comerciais que objetificam o corpo da mulher e que são feitos de tal forma para chamar a atenção de um público maior. Outrossim é necessário que as escolas, com apoio do Governo do Estado e Ministério da Educação, promovam palestras, campanhas e projetos, realizadas por psicólogos que incentivam uma aceitação das diversas formas de beleza do Brasil. Por fim, é preciso que a comunidade brasileira olhe de forma mais otimista para as diferenças, pois como constatou Hannah Arendt: “a pluralidade é a lei da Terra”.

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2 Correções

  1. Oi, boa tarde, não sou especialista, mas vou tentar corrigir sua redação ^^

    ~ Introdução: sugiro colocar “período literário/cultural/histórico romantismo”, pois a citação acabou ficando um pouco jogada dessa forma. Faltou usar conectivos para ligar os períodos do parágrafo, sugiro usar: desse modo/nesse sentido e portando/assim/por isso, etc. Além disso, faltaram vírgulas depois de: desde então e porém.

    ~ D1: na introdução, você citou a “utilização do corpo feminino como instrumento publicitário” como uma consequência do problema, porém, no tópico frasal você está trazendo isso como uma causa (agravante), então, acabou ficando um pouco incoerente. Outra coisa é que o parágrafo ficou expositivo, ou seja, você passou todo ele só contextualizando o leitor, sem trazer a problemática de tudo isso. Ficou no ar a pergunta: por que é um problema a Itaipava (por exemplo) usar uma modelo considerada sexy para vender mais cerveja? Se ajuda a marca e satisfaz o público alvo masculino, por que é um problema para as mulheres esse tipo de apelação?
    Faltaram vírgulas depois de: sexualizada, grande exemplo disso e Itaipava (faltou letra maiuscula aqui, inclusive).

    ~ D2: faltou fazer a ligação do argumento “padrão de beleza” com o tema “objetificação da mulher”. A frase: “O resultado dessa ideologia são distúrbios e transtornos, além da depressão”, ficou incoerente, já que depressão É um distúrbio/transtorno, seria mais interessante você citar outras doenças mentais, como ansiedade, anorexia e bulimia. O parágrafo está desestruturado, não apresenta começo, meio e fim, invés de focar em desenvolver o tópico “padrão de beleza”, você se perdeu em subtópicos dentro dele.
    Faltou colocar dois pontos (:) depois dos dois “são”.

    ~ Conclusão: faltou o meio, afinalidade e o detalhamento e, novamente, o parágrafo ficou sem começo meio e fim, ou seja, sem boa estrutura e organização das ideias. Sugiro colocar uma única proposta de intervenção e deixar todas essas outras ideias para o meio, por exemplo:

    “Portanto (conectivo de conclusão), é fundamental que o Governo Federal, em conjunto do Ministério da Educação (agentes), promovam uma maior conscientização da sociedade brasileira acerta da objetificação da mulher (ação e tópico frasal). Isso deve ser feito por meio de (modo): criação de leis que limitem o uso de apelação sexual explícita em propagandas e promoção de palestras, contando com psicólogos e terapeutas, em escolas, afim de diminuir a problemática atual do padrão de beleza (detalhamento). Essas medidas teriam assim, a finalidade (finalidade – conectivo explícito) de frear a atual objetificação da mulher na atualidade do Brasil.”

    ~ Geral: você demonstra dominar o tema e ter bons repertórios sobre o assunto, porém, recomendo você estudar mais a estrutura do texto dissertativo-argumentativo, o uso da vírgula e dos conectivos. Uma ótima dica para organizar as ideias e não perder pontos na coesão e coerência textual é fazer um rascunho/esqueleto da redação antes de começar a escrever.

    ~ Boa sorte s2

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  2. Acho que colocar a marca da cerveja não fica muito legal
    “medidas precisam ser tomadas” ficou algo tão padrão algo que usamos em textos escolares do fundamental
    A estrutura de uma redação dissertativa-argumentativa é composta por três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Aprenda como escrever cada uma delas! Você já deve saber que a estrutura de uma redação dissertativa-argumentativa é composta por três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão

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