A necessidade de respeito à identidade de gênero no Brasil ( colocar a nota a partir das competências do enem)

O filme “Meu nome é Ray” retrata a rotina do menino trans, o Ray, que na sua adolescência, decide fazer a transição de sexo. Por um lado, há a mãe tentando lidar com toda a burocracia para conseguir esse tratamento para o filho, por outro, uma avó, lésbica, feminista, que no entanto, não aceita a transexualidade do neto. Dessa forma, tendo em vista a burocracia para mudança de sexo e a marginalização dos transsexuais e travestis, faz-se necessário o debate.

Em primeira análise, vale salientar, a dificuldade para conseguir o tratamento para mudança de sexo pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Ele possui várias deficiências, tais quais: a falta de médicos, enfermeiros, de recursos financeiros, entre outros.  Dessa forma, o SUS é o sistema de saúde que mais atende pessoas trans, visto que, por ser um sistema público, se torna a única alternativa para os transsexuais. Uma prova disso é, de acordo com o Jornal Correio Brasilense, apenas 5 dos 27 estados brasileiros possuem atendimento para mudança de sexo. Logo, um paciente que reside no Distrito Federal, precisa se locomover cerca de 209 km para o Hospital mais próximo.

Em segunda análise, é possível notar como a sociedade marginaliza os transsexuais e travestis. Por exemplo, a população dificulta a entrada dessas pessoas ao mercado de trabalho, muitas vezes,possuem um grau de instrução elevado, porém, por questões de gênero, não conseguem a vaga de emprego. Uma vez sem trabalho formal, os transsexuais precisam introduzir-se em empregos informais e muitas vezes, recorrem a casas de prostituição, já que, a legislação não garante essa empregabilidade para o meio trans. Desse modo, segundo o Jornal Correio Brasilense, cerca de 90% das pessoas trans recorrem a prostituição no Brasil.

Em síntese, é necessário entender as dificuldades do meio trans e a partir dela, achar soluções para esse impasse. Para tanto, o Ministério da Cidadania e o Trabalho, deve promover ações em empresas, criando oportunidades de emprego de forma obrigatória direcionados para  pessoas trans, por meio de descontos tributários, para que seja possível trazer para os transsexuais e travestis o mínimo de dignidade, cidadania e direitos básicos.