A necessidade de implementar a educação financeira nas escolas brasileiras

No reality show – gênero televisivo que transmite situações reais vividas durante as gravações – “Big Brother Brasil” os integrantes recebem uma quantidade limitada de créditos, precisando fazer controles de gastos para continuarem comprando produtos necessários durante a permanência no programa. No cenário educacional brasileiro, é incontingente a necessidade da inserção de educação financeira, pois os cidadãos estão constantemente em situações análogas a essa retratada na televisão nacional. Por isso, a introdução de tal conhecimento acarretaria em boas práticas monetárias e evitaria manipulações contra os estudantes no sistema monetizado.

Primordialmente, é notório que a educação financeira nos protege de ações maliciosas. Nesse viés, pode-se aludir ao período colonial do Brasil, quando os índios eram constantemente fraudados financeiramente, a exemplo das trocas desvantajosas de produtos com os portugueses, em que o Pau-Brasil –recurso brasilerio muito valioso – era negociado por espelhos que tinham pouco valor financeiro. Dessa forma, constata-se que a falta de conhecimento sobre o mercado e as ações administrativas é uma lacuna prejudicial no Brasil (desde 500 anos atrás), por isso é necessário a implementação da educação financeira, evitando que situações como essa, marcada na nossa história, que favorece o aumento da desigualdade social e econômica, perpetue-se no Brasil.

Ademais, percebe-se que a educação financeira introduz uma percepção de boas práticas monetárias. Visto que, na Crise de 1929, conhecido como a “Grande Depressão” – ocorrido nos Estados Unidos da América, em que as pessoas e os bancos faliram com a brusca queda da bolsa de valores, houve manuseios equivocados dos dinheiros investidos, tendo isso como fator principal para o acontecimento de tal fato. Sob essa ótica, é visível que a escassez de domínio acerca das esferas econômicas causa vários impactos negativos para os cidadãos, como a falência, que por conseguinte, precariza direitos básicos, por exemplo, saúde, alimentação, lazer, liberdade entre outros.

Então, é indispensável, com extrema urgência, a implementação da educação financeira nas escolas. Para isso, o Estado, em parceria com o Mec (Ministério da Educação e Cultura), devem adicionar uma disciplina específica de educação financeira, por meio de reforma na grade curricular das escolas públicas e privadas brasileiras, a fim de promover conhecimento monetário, como, controle de gastos, investimentos, tendência de mercado e entre outros aspectos que a educação financeira abrange. Somente assim, os desastres econômicos ficarão apenas no passado da nação.