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A NECESSIDADE DE COMBATER OS ALTOS ÍNDICES DE JOVENS QUE NEM ESTUDAM NEM TRABALHAM NO BRASIL

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A consolidação das leis trabalhistas no século XX, durante a Era Vargas, elevou a valorização do trabalho, o que criou uma geração marcada pela necessidade de estar associada a um vínculo empregatício. Entretanto, no cenário hodierno, essa ideia não impediu que surgisse a “geração nem-nem”, marcada por jovens que não trabalham, nem estudam e que se tornam vítimas de um estigma social. Entretanto, o problema envolve o reconhecimento de realidades sociais subjetivas e de um ambiente educacional e laboral despreparado para que soluções sejam devidamente tomadas.
A princípio, segundo a Organização Internacional do Trabalho, dentre 19% dos jovens entre 19 e 25 anos que não trabalham nem estudam, o número de mulheres negras são duas vezes maiores que dos homens, em consequência de condições sociais e ocorrência da gravidez na adolescência. Isso, por conseguinte, evidência que a geração nem-nem não necessariamente é mediada por “jovens que não querem nada”, mas sim jovens que estão envolvidos em uma realidade social que favorece a inatividade. Além disso, um encargo histórico exerce grande influência nesse processo, uma vez que o difícil acesso à educação nas décadas passadas impediu que pais dessa geração fossem escolarizados, resultando na falta de estímulo familiar sobre os jovens, que não veem um significado na educação e no trabalho.
Por outro lado, enquanto esses jovens estão inseridos numa realidade social desfavorável à sua inclusão nas escolas e no trabalho, o problema é, nesse sentido, agravado por um modelo educacional que pouco estimula os jovens, assim como pelas poucas oportunidades de trabalho oferecidas. Desse modo, é possível associar tal situação ao que o filósofo Millôr Fernandes afirma ao dizer que “o Brasil é um país do futuro, sempre”, uma vez que o país vive em uma perspectiva de inclusão e de desenvolvimento que, na realidade, não se aplica a todas as camadas da sociedade, assim contribuindo para que o “país do futuro” esteja longe da realidade de alguns jovens.
Infere-se, portanto, que para o combate aos altos índices de jovens sem trabalhar e estudar, é necessário que haja ações de instituições públicas e privadas. Desse modo, o Ministério da Educação deve, por meio de investimentos, organizar modelos de ensino mais inclusivos e que foquem no preparo integral desses jovens para o mercado de trabalho. Ademais, o Governo Federal, por meio de parcerias público-privadas com redes midiáticas, deve investir em propagandas de estímulo à educação, assim como na geração de projetos que incluam os jovens no mercado de trabalho, com intuito de envolver esse grupo e reverter o quadro da geração nem-nem.

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7 Correções

  1. muito bom, parabéns.
    Análise:
    1. Iniciou com uma citação histórica, contextualizou ela fazendo a ligação com assunto central do texto.
    1. Apresentando de maneira objetiva os dados numéricos e quantitativos.
    3. conclusão objetiva sobre o contexto atual.
    4. Sintaticamente o seu texto está ótimo.
    só uma observação; seu texto como é muito grande e vc tem um vocabulário muito bom, pode ser que não seja bem explícito para todos, mas ótimo. continue assim.

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  2. *Bom panorama histórico na introdução;
    *Uso de citação ( algo muito bom);
    *Coesão no uso de vírgulas e pontos finais;
    *Necessário resumir as ideias em excesso;
    *Também aconselhável não repetir no uso de “Desse modo”, feito nos parágrafos 3 e 4;
    *Principalmente, se atentar à estrutura textual, pois a introdução e conclusão estão enorme!!!
    Parabéns e boa sorte!

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  3. Olá ,achei sua redação boa, sua introdução teve repertorio, teve o tema trabalhou muito bem ,você usou ”entretanto” duas vezes na introdução oque não é bom, seu texto pode ficar mais formal, tem algumas frases muito longas que acabam fazendo o leitor se perder no texto ,você trouxe muitos problemas pra sua redação tente focar em uma ou duas desenvolva elas e faça a proposta de intervenção encima delas, conclusão boa citou dois agentes, achei ótimo, espero ter ajudado, continue praticando e bons estudos ; )

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  4. – texto bom, com bastante conectivos e sem muitas repetições, além disso o repertório não é clichê e conseguiu usar bem a frase do filósofo Millôr Fernandes e fazer uma analógia à tese.
    – faltam os espaçamentos dos parágrafos, que são importantes para uma melhor identificação e fluidez do texto.

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  5. Redação muito boa!
    • Cuidado com períodos longos demais, isso acarreta em erros no uso da vírgula.
    • Tente especificar onde se inicia cada parágrafo dando um espaçamento antes.
    •A proposta de intervenção precisa estar de acordo com os dois argumentos, o caso da gravidez na adolescência e das desvantagens dos negros não foi citada na intervenção.
    • Ótimo projeto de texto e escrita!

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  6. Olá , tudo bem
    Sua redação está boa e você mostra que sabe desenvolver um texto que atende as competências que a banca no Enem cobra.
    Conselho que te dou é que continue treinando e leia bastante , sobre diversos assuntos… veja vídeos acerca de como construir uma excelente redação. Estude também mais o português , como concordância nominal , conectivos e etc.

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  7. Ótima redação, começou bem, mencionando o filme, usou conectivos, conseguiu passar a ideia de forma clara. Poderia ter tido um fechamento melhor, pois deixou ela um pouco vazia, talvez uma alusão ou frase de um filósofo, ou então retomar o próprio filme q vc citou na introdução, só para dar uma finalidade na sua proposta! Estude sempre alusões e citações que encaixem em qualquer redação é sempre muito importante.



    Boa sorte!!

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