A necessidade de combater o tabagismo no Brasil

A série norte-americana “Todo Mundo Odeia o Chris” expõe em um dos seus episódios a relação de Chris, o protagonista, com o cigarro, ao utilizá-lo como instrumento para ser aceito no grupo da “galera descolada”. Nesse sentido, no plano real o tabagismo é um problema presente no meio social brasileiro e atinge de modo negativo os consumidores e o corpo societário em geral, sendo necessário delinear o seu combate. Assim, faz-se profícuo analisar o imbróglio, que está ligado as influências dos grupos sociais, o que corrobora para a ascensão de problemas à saúde tanto dos consumistas quanto dos indivíduos próximos.
Primariamente, embora há campanhas constantes de combate, o consumo do cigarro é postergado pelas manipulações sociais. De acordo com a Psicologia Social, a pressão intragrupal e a necessidade de ser aceito leva o sujeito a copiar comportamentos dos integrantes daquele meio, situação conhecida como Viés de Grupo. Dessa forma, assim como o personagem Chris, as pessoas analisam meios para se integrarem a círculos de amizade, familiares ou corporativos, sendo, por vezes, o cigarro um desses métodos. Destarte, o tabagismo aflora das influências e evolui à vícios que podem perdurar por anos, o que contribui para a efetivação maléfica da manipulação do desempenho social e da saúde do ser.
Com efeito, o empasse atinge a saúde dos fumantes de forma devastadora, além de incitar problemas aos indivíduos que convivem com os tais. Consoante a Organização Mundial da Saúde, o usuário pode adquirir diversas doenças pulmonares e cardíacas, à exemplo do câncer de pulmão, ademais, a dependência da nicotina prejudica o desempenho da função de órgãos vitais. Para tanto, o vício desencadeia ludibriamentos momentâneos que ceifam lentamente a vida do consumista, além de ser a porta de entrada para outras drogas ilícitas. Outrossim, todo o corpo societário é afetado, de um lado o sistema de saúde que torna-se superlotado e ineficiente para abarcar o imbróglio e do outro os familiares e amigos do fumante que inalam, corriqueiramente, a fumaça exalada, carregada de gases prejudiciais ao pulmão. Em suma, um único produto revela-se catastrófico para o organismo humano.
Portanto, é imperioso atenuar o quadro do tabagismo no Brasil, por meio da intervenção estatal. Logo, cabe ao Ministério da Educação e Cultura (MEC)- responsável por gerir o âmbito educacional do país- fomentar, por intermédio do direcionamento de verbas nacionais, ações culturais nas escolas públicas e privadas, como rodas de diálogo, a fim de promover o senso crítico, o afastamento da manipulação social e o combate ao uso do cigarro no país, para então tratar as causas do empasse, reduzindo as suas consequências. Desse modo, a conjectura real se distancia-rá da situação exposta no seriado de Chris.