A mulher no mercado de trabalho

Na Idade Antiga, especificamente em Atenas, com sua democracia participativa, a mulher não possuía cidadania e, por consequência, não tinha direitos políticos. Com isso, as mulheres eram consideradas reprodutoras e cuidadoras do lar e, inferiores em relação aos homens. Sob essa ótica, é notável que o Brasil apresenta similaridade com a sociedade ateniense, visto que, mesmo com um sistema político considerado democrático, há uma desigualdade significativa entre as mulheres e homens, o que implica no desenvolvimento das pertencentes ao gênero feminino, principalmente no mercado de trabalho, devido a desigualdade constitucionais familiares entre os sexos e desigualdade salarial. Dessa forma, observa- se que essas questões devem ser analisadas.

Primeiramente, o grau de importância entre homens e mulheres na educação dos filhos apresenta uma problemática, devido a sua expressiva desigualdade, o que reflete em outros problemas. Com isso, segundo a Constituição Federal, leis de Licença à Maternidade, a mulher após ter um parto ela tem cerca de 120 dias de folga do trabalho, contudo, o pai tem apenas 5 dias. Dessa forma, essa realidade implica na contratação de mulheres em empresas, visto que, a mulher tem uma pré- destinação à faltar mais ao trabalho, por conta da divisão desiquilibrada na carga horária, desde cedo, na educação dos filhos. Dessa maneira, observa- se que as leis federais afetam de sobremaneira o desenvolvimento das mulheres no mercado de trabalho, sendo assim, mais um agravador das desigualdades sociais entre homens e pertencentes ao sexo feminino.

Ademais, o desiquilíbrio salarial entre gêneros é um problema na nação brasileira, já que, faz sentido contrário ao desenvolvimento do País e igualdade. Com isso, segundo a Agência  Brasil, as mulheres recebem cerca de 47% a menos que os homens. Nesse sentido, é notório que as do sexo feminino são extremamente desvalorizadas no mercado de trabalho, visto que, mesmo em fatores igualitários de trabalho, os desiquilíbrios salariais são altíssimos. Assim, percebe- se que a sociedade brasileira afetam as mulheres na ascensão de suas carreiras, de tal forma que trás dúvidas sobre a existência de uma real democracia, da mesma maneira que em Atenas.

Portanto, nota- se a necessidade da mudança do cenário atual, em relação a problemática da dificuldade da mulher no mercado de trabalho. Para isso, cabe ao Ministério do Trabalho em conjunto com o Governo Federal, discutir sobre as leis atuais, em relação à carga horária do homem e da mulher no nascimento de seus filhos e a desigualdade salarial entre os sexos, por meio de debates no Senado, a fim que coloquem em vigor leis que ajustem esses desiquilíbrios, para assim, as mulheres não tenham mais empecilhos no mercado de trabalho e, o Brasil, não apresente mais similaridade com a pseudodemocracia de Atenas.