A manipulação de imagem nas redes sociais e seus malefícios à saúde mental

No filme felicidade por um fio retrata a história de uma protagonista que segue incansavelmente os padrões de beleza impostos pela sociedade, no que resulta em diversos problemas psicológicos e a falta da auto aceitação. De modo similar, o mesmo fato pode ser visto no Brasil contemporâneo.Devido a avanços tecnológicos, é possível por meio de aplicativos, manipular imagens antes de publica-las em redes sociais. Haja vista, que padrões de beleza inalcançáveis atrelado a sensação de baixo auto estima, corroboram para graves mazelas sociais. É inquestionável que a padronização de um único bio tipo tem causado tantos transtornos e problemas de auto aceitação em milhões de pessoas. Exposto isso, convém debater a temática e apontar soluções plausíveis.

É axiomático,que a padronização da aparência física inatingível está entre as causas do problema suprecitado. Segundo uma pesquisa feita pela Hootsuite em parceria com a We Are Social, Mais de 3,5 bilhões de pessoas tem cadastros ativos em alguma rede social. Contudo, temos total acesso a inúmeras publicações voltadas a um único padrão de beleza aceitável. Desse modo, implanta-se na mente do usuário, que para ser aceito pela sociedade, é necessário se adequar aos protótipos impostos, independentemente do que isso possa vir a causar.

Consequentemente, por tentativas desesperadas em prol da “aparência perfeita” imposta, muitos tem recorrido a aplicativos que modificam fotos de forma surreal e exorbitante, antes de serem publicadas. Conforme uma matéria publicada em 2019 no site uol, a rede social testa o auto estima e pode piorar depressão e ansciedade. Dessa maneira, a sensação da falsa realidade tem resultado em diversos problemas relacionados a falta de amor próprio e tem levado muitas pessoas a se submetam a procedimentos estéticos excessivos,colocando em risco a própria vida. Até quando vamos nos submeter a imposição de algoritmos?

Portanto,cabe ao ministério da comunicação a criação de campanhas para o aumento de exibição de comerciais que exiba diversos tipos de beleza para que pessoas fora do padrão exigido se sintam representadas. Cabe também ao ministério da educação, criar campanhas educativas nas escolas por meio de palestras e debates para que crianças e adolescentes entendam os riscos que a manipulação da imagem pode causar. Desse modo, gradativamente estaremos próximos a erradicação de padrões inalcançáveis que é imposto a sociedade.