A literatura é um sonho eterno, a falta dela um pesadelo sem fim

A História, é considerada uma das matérias mais importantes para o estudo da humanidade, pois torna possível a compreensão do passado, para construir um futuro diferente. A invenção da escrita é de tamanha importância, a partir dela, deu – se início a uma nova era histórica: a Pré-história. Com o passar dos anos, a escrita foi se aprimorando, os primeiros livros surgiram, a busca pela arte literária era intensa, mas hoje alcançamos uma sociedade onde o entusiasmo pela literatura se torna escassa, por esta razão há diversos desafios na formação de leitores proficientes.

Vale ressaltar, primeiramente, que a educação brasileira utiliza métodos arcaicos para tentar estimular a leitura. A grade curricular enviada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), exige que os professores de Língua Portuguesa cobrem dos alunos a leitura de obras clássicas, como as de Machado de Assis, todavia, são conteúdos de complexo entendimento, o que consequentemente ocasionam o desanimo e desinteresse pelo universo literário, uma vez que eles não tem êxito em se conectar intensamente com as histórias dos livros, porque   não as compreendem. Desse modo, a frase citada por Goethe se torna inegável: “O declínio da literatura indica o declínio de uma nação.” Logo, fica evidente que uma reforma no quesito da formação de leitores assíduos é de sua importância.

Ademais, convém ressaltar que a tecnologia é um grande fator com o fim de levar a população, principalmente jovens e crianças, a esgotar seu tempo livre fixados em uma tela. Com isso, são expostas a diversas informações, espalhadas pelas redes, sem autenticidades, o que resulta em uma crise do discernimento interpretativo e investigativo, uma vez que a circulação de notícias falsas e a predisposição supracitada de aceitar informações sem embasamentos corrobora esse dilema da leitura no país. É possível afirmar que a maioria dos cidadãos brasileiros não tem o hábito da leitura, evidentemente os indivíduos da próxima geração também não se tornarão leitores, pois não terão exemplo, nem incentivo de seus responsáveis, formando assim um ciclo vicioso de pessoas, sem compreensão e  conexão emocional com a Literatura.

Portanto, medidas são necessárias para que haja uma resolução da problemática. Cabe ao Ministério da Educação, por meio da alteração da BNCC, permitir aos professores de língua Portuguesa flexibilizarem a lista de livros que os alunos deverão ler. Ou seja, irão apresentar e deixar que os alunos busquem, também, livros que eles se interessem pelo conteúdo, garantindo a disposição e compreensão para estuda-los. Além de criar campanhas que possam incentivar a leitura, com projetos e premiações para agradar os participantes. E o mais importante de todos incentivar as crianças desde pequenas, com clubes dos livros, não só nas escolas, mas também em casa, para que professores juntamente com os responsáveis possam regrar seus filhos na utilização da tecnologia, abrindo horários durante a semana dedicados a leitura. Desta maneira, começar-se-á a estimular e formar amantes da literatura, proficientes e ativos no território Brasileiro.