A linguagem certa é aquela que se faz entender

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           As variações linguísticas são caracterizadas como o modo de expressão para cada pessoa, região, cultura, época, contexto e classes diferentes, e se reinventam a cada dia. Entretanto, junto com essas variações vem o preconceito linguístico ditando como errada todas as expressões que não se adequam a norma padrão. Não que ela não seja importante, e sim que a momentos certos para utilizá-la, e por isso não pode ser a única forma de aceitação social, sendo que há vários contextos e uma linguagem correta para cada um deles.

      Há quatro tipos de variações linguísticas, sendo elas as históricas, socioculturais, situacionais e geográficas/regionais. A variação diafásica (situacional) é a melhor no quesito entendimento, porque ela se molda e ocorre de acordo com o lugar ou com quem está, por exemplo, situações formais e informais. Mesmo sendo de fácil compreensão nos determinados contextos, o preconceito linguístico não se baseia apenas nas palavras, mas sim, o modo que elas são ditas.

           Essa discriminação linguística é aplicada às pessoas com o vocabulário ou pronúncia nutrida com sotaque forte e originário de sua região. Para aquele que cria o preconceito, enxerga a forma que o outro fala com estranheza, e essa ideia de que algo é diferente cria relações de poder entre as pessoas, entre quem usa linguagem formal e para quem não usa, criando uma hierarquia dentro das formas de expressão.

        Em vista de que as diferenças sempre irão existir, não a porque insistir para que haja uma forma certa de se comunicar, o importante é fazer-se entender, independentemente de como é preciso falar. A especialista em Gramática Normativa Fabiana Ferreira afirma que, se sabemos que a língua nasce, cresce, e passa por infinitas mudanças, entendemos como comum a existência dessas variações.  Então para que o preconceito seja minimizado é preciso a insistência nesse assunto, e deixar claro o quanto é comum. “Não há língua certa e língua errada; existem múltiplas facetas de uma língua”, defende a especialista.

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2 Correções

  1. Olá, gostaria de destacar que não sou corretor ou algo semelhante. Mas, um estudante como você. Sendo assim, vou trazer as minhas percepções sobre sua redação.
    Primeiro parágrafo: foi dado um enfoque demasiado na diversidade linguística do que no problema em si. Nesse caso, sugiro organizar a introdução dessa forma: uma definição objetiva sobre o conceito de preconceito no idioma; citar duas de suas causas; e escrever algo como: “dessa maneira, fazem-se necessárias medidas para a solução dos empecilhos citados anteriormente”, assim, será retomado a questão na conclusão.
    Segundo parágrafo: houve um tangenciamento do tema, visto que, é sobre o preconceito, e não variação linguística. Sugestão: retome a primeira causa da forma exemplificada acima e utilize argumentos. Ficaria desta maneira: causa (o que gera o preconceito) – argumento de autoridade (citação de um especialista no tema, por exemplo, um gramático) – Exemplificar e relacionar esses dois.
    Terceiro parágrafo: Igual a estruturação do segundo, porém, deve ser utilizado a segunda causa do problema.
    Quarto parágrafo (conclusão) : Reafirme a discriminação na nossa língua como um impasse e traga as possíveis soluções aos dois problemas abordados. Estruturando-as deste jeito: o quê, como e seu impacto na sociedade. Por fim, termine com uma frase semelhante a esta: “Dessa forma, essa situação diminuirá em meio à população brasileira.

    Além das dicas acima, recomendo a você pesquisar sobre sinônimos para evitar-se a repetição de palavras, elementos de coesão e conjunções, que permitirão uma melhor ligação de ideias e ler algumas redações nota mil do ENEM a fim de te ajudar a compreender melhor a proposta do texto. Não fique com receio de continuar escrevendo, pois todos nós cometemos erros. É a partir deles que podemos melhorar. Caso tenha alguma dúvida, basta me chamar.

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  2. opa, vamos lá
    acho que não tem conhecimento da estrutura do texto do enem, por isso que seu texto não se adeuqa tanto aos critérios de redação do enem, devido a isso não deve se preocupar se não foi bem, pois tem que estudar primeiro como se faz um texto dissertativo-argumentativo.
    bom sua introdução está pessoal, você utilizou a 1° pessoa, voce perderia ponto por isso, pois sua redação deve ser impessoal, senti falta da tese na introdução e de um repertório
    seu texto ao longo do desenvolvimento não demostra que foi pensado, os paragrafos de desenvolvimento não são tão conctados, pois falta conectivo e estrutura de texto, não há repertório apenas no final, isso deixa seu texto fraco, e não há proposta de intervençao, bom seu texto é de alguém que ainda não sabe a estrutura que o enem cobra, então, basta estudar como fazer um bom texto.
    Nota: 480

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