A legalização da maconha e o seu poder paralelo velado.

O mito, entre os povos primitivos, é uma forma de situar-se no mundo, isto é, de encontrar o seu lugar entre os demais seres da natureza. Nesse espírito, não se pode deixar de mencionar que, é um grave erro a liberação da maconha. Provocará mais exclusão social e violenta elevação do consumo de forma imediata. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de toxicômanos não terão estrutura suficiente para atender a demanda.
Predominam atualmente no Brasil duas convicções errôneas sobre o problema da liberação da maconha. Primeiramente, é indispensável salientar que o consumo de drogas ilícitas no país é uma forma gigantesca de lucro para facções criminosas. Uma delas possui a estrutura da máfia italiana, uma verdadeira forma de crime organizado. A mercancia de drogas ilícitas enriquece tais organizações criminosas no país e também fomentam o tráfico internacional de entorpecentes, culminando em um caos interminável, pois onde se compram drogas ilícitas para o uso, alí haverá o financiamento para mais violência.
Cabe, ainda, ressaltar, que o Estado há muito tempo perdeu a guerra para o tráfico. Segundo canal de Notícias UOL, em sua série criada com exclusividade – PCC: Primeiro Cartel da capital, O poder paralelo do crime organizado provoca anomia (ausência de leis) por onde se instala. Esse poder paralelo está estabelecido dentro dos presídios espalhados pelo país, os quais são emanadas ordens de líderes criminosos para a contínua guerra pelo poder, espaço e lucros oriundos das vendas de tóxicos. A mais prejudicada é de fato a coletividade, pois são os familiares dos consumidores de drogas, que mais sofrem com este problema social, porque muitas das vezes, o uso imoderado gera vícios que acarretam mais violências, haja visto que muitos viciados infelizmente acabam sendo vítimas de um círculo vicioso, mal tendo a chance de se recuperarem em uma clínica de tratamento, devido ao desemprego e a exclusão social.
Diante de todo o exposto, percebe-se que a liberação da maconha necessita de imprescindível atenção. É preciso atuação mais firme do Estado com vistas a resolver o problema. Desta maneira deve-se confrontar a causa do problema; a saber, a criação de políticas públicas que afetam a educação, através do Ministério da Educação, com a finalidade de instruir as crianças de todas as escolas sobre os riscos e males gerados pelo uso da droga, bem como o confronto mais ativo e estratégico aos fornecedores de drogas psicotrópicas por meio do Ministério Público e das polícias, mitigando por conseguinte a anomia de normas.