A influência das mídias sociais na formação da identidade.

O mundo se transformou em um lugar novo, flexível e globalizado, onde tudo e todos estão interligados por telas e movidos a expectativa de alcançar uma perfeição inexistente que é fornecida pelas mídias. A identidade de um ser não é mais algo pessoal, é sobre “likes” e compartilhamentos em uma foto. Junto com a alta tecnologia, a mobilidade social e a facilidade de aproximar o mundo veio a necessidade de exposição que se tornou quase uma obrigação a sociedade, e quando se é exposto a milhares de pessoas, que hoje não passam de números logados na conta do Google ou Instagram vem outra necessidade, a de aceitação a qualquer custo.

O problema de todas essas informações instantâneas é que muitas pessoas perdem suas identidades para tentar se encaixar em um padrão absurdo, ao se espelharem em fotos que podem ser facilmente editadas ou encenadas, e ao fazer isso percebem como é fácil fingir ser outra pessoa na internet, mas estão tão ocupados buscando a perfeição que não tomam consciência da facilidade que é postar uma mentira. E se torna algo automático e viciante.

Outra realidade da internet é que ter acesso a tantas pessoas diferentes torna-se inevitável não se comparar ou se questionar sobre a própria forma de ser, e a falta de representatividade de outros grupos ou a ideia equivocada do correto leva muita gente a frustação. A segurança do anonimato leva outras a julgar e ameaçar aquilo diferente do ideal que as mídias sociais querem passar.

Com base no peso que as informações passadas através das redes exercem sobre a sociedade, é evidente que se deve usa-la para modificar os aspectos citados nos parágrafos acima. Assim, o primeiro passo é reconhecer que esses hábitos estão adoecendo uma população inteira, e aos poucos introduzir o assunto através de campanhas e “influencers” do meio virtual, além de aproveitar essa visibilidade para dar oportunidade de fala aqueles que ainda não conquistaram um lugar de igual.