A influência da família na escolha por uma profissão

No filme “Bohemian Rhapsody”, são retratados os desafios reais que o jovem Freddie Mercury enfrentou no inicio de sua carreira. Durante o enredo, o jovem artista refugiado encara a desaprovação dos pais em relação ao estilo de sua música e a falta de recursos financeiros, já que ele trabalha como carregador em um aeroporto. Fica claro que a realidade do filme se relaciona àquela dos jovens durante a escolha de uma profissão: a influência dos pais e a dependência financeira.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que existe uma linha tênue entre auxiliar e definir a escolha de um indivíduo, principalmente quando essa decisão é feita entre pais e filhos. De acordo com uma pesquisa feita no ano de 2019, pelo site Linkedin, 26% dos jovens confirmaram que a família tem grande influência na escolha de uma universidade. Assim, a indecisão e falta de experiência dos futuros profissionais acaba sendo uma vantagem para que as famílias projetem neles suas próprias ambições. Isso, além de retirar uma autonomia indispensável, também causa problemas para o ramo de trabalho, já que nem sempre as gerações anteriores têm visões corretas sobre o mercado atual.

Ademais, outro fator que pesa na hora da decisão é a falta de empregos e oportunidades, sobretudo porque muitos vestibulandos ainda dependem financeiramente dos tutores. Segundo o site Fagammon, “Ser bem sucedido é importante, mas não é o critério principal para escolher uma carreira.”. Paralelamente, o crescimento de empregos ligados às artes e redes sociais, deixa evidente que os tempos mudaram e, ao contrario do que muitos pais pensam, arriscar em formações que reflitam gostos pessoais e novas tendências, pode ser sim vantajoso. Logo, é de suma importância que também sejam levadas em conta novas possibilidades do mercado, assim como hobbies e habilidades, não dando ênfase somente a graduações popularmente reconhecidas.

Portanto, é preciso que não só o aluno e sua família, mas também as escolas e a universidades, tomem providencias para amenizar os desafios dessa escolha. Para auxiliar nesse processo de autoconhecimento e profissionalização do jovem, urge que o Ministério da Educação promova, por meio de programas de visitação a universidades, palestras educativas e geração de empregos voltados para os novos profissionais, orientação e material de pesquisa em relação ao diverso mercado atual. Somente assim será possível oferecer recursos para que futuros profissionais possam exercer seu papel fundamental nas próximas gerações, contribuindo para o desenvolvimento do país.