A inclusão social do deficiente físico em questão no Brasil

No dia 3 de dezembro, comemora -se o Dia Internacional das pessoas com deficiência. Essa data comemorativa busca difundir informações sobre a diversidade e ampliar a conscientização da importância da inclusão na sociedade. No entanto, mesmo que essa tentativa tenha obtido sucesso, ainda existe no Brasil um contingente significativo se cidadãos que sofrem com a exclusão social, seja pela marginalização, seja pela falta de investimento na infraestrutura, os quais comprometem seus direitos de ir e vir.

Em primeiro lugar, é necessário salientar sobre como a segregação social colabora negativamente para a persistência do impasse. Nesse viés, no século IV a. C., em Esparta, cidade-estado da Grécia Antiga, crianças com algum tipo de “anomalia” eram lançadas de um precipício, para que a essência saudável dos espartanos não se perdesse. No contexto contemporâneo, sobretudo no Brasil, tal alusão reflete-se  no preconceito excessivo da sociedade, uma vez que os deficientes físicos são desprivilegiados de fazerem parte de determinados grupos sociais, muitas vezes sendo excluídos de vários âmbitos – como o mercado de trabalho, por exemplo – pelos brasileiros acharem que deficiência é sinônimo de incapacidade, o que prejudica o exercimento de suas potencialidades.

Ademais, vale ressaltar que o problema da carência de inclusão ocorre também por causa da supressão de capital do Poder Público. Sob essa ótica, segundo os dados do IBGE, o Brasil possui mais de 17 milhões de pessoas com deficiência. Contudo, nem todas conseguem se locomover pelas cidades com facilidade em função do Estado não cumprir o seu papel de fornecedor de direitos mínimos ao pouco investir em políticas públicas – como a capacitação dos professores em escolas ou pistas adaptadas para pessoas com problemas visuais – o que dificulta a mobilidade urbana desse grupo específico.

Depreende -se, portanto, que medidas precisam ser tomadas para atenuar o entrave. Logo, a prefeitura deve providenciar profissionais capacitados para melhorar o atendimento aos deficientes e educar os demais alunos a saberem conviver com tais diferenças. Além disso, o Governo Federal – Poder Executivo no âmbito da União – precisa direcionar maiores investimentos ao setor urbano para implantações de mecanismos que auxiliem na locomoção de portadores especiais, por meio de verbas aprovadas por deputados e senadores do Congresso Nacional. Diante disso, o fito de tais ações é melhorar a qualidade de vida e a convivência desse grupo, a fim de que, assim, o intuito do dia 3 de dezembro seja realizado completamente.