A inclusão educacional e aceitação social da pessoa autista no Brasil.

O autismo é um transtorno neurológico que, mesmo atingindo milhões de brasileiros, ainda é mal compreendido pela sociedade, sendo vítima de diversos estereótipos e do capacitismo. A pessoa autista tem mais dificuldades no aprendizado e nas interações sociais e é importante que pessoas neurologicamente típicas aprendam como ajuda-la, seja ela um aluno ou um colega de trabalho.

É comum que, ao pensar em pessoas autistas, alguém logo imagine uma criança com graves sintomas, mas é importante lembrar que essa condição é um espectro que afeta pessoas de todas as idades e se manifesta em gravidade e alcance amplamente diferentes. É importante que esses estereótipos sejam mais debatidos para que a desinformação não leve ao preconceito.

Nos casos de crianças e adolescentes com autismo, é importante que a inclusão esteja presente no cenário escolar. Essas pessoas requerem um apoio maior dos professores e colegas na sala de aula, já que não são intelectualmente capazes de aprender no mesmo ritmo que todos. É necessária uma atenção maior para esses alunos para que não sejam prejudicados no aprendizado e tenham condições de estudar como seus colegas.

Um fato importante de ser lembrado é que o autismo é uma condição permanente, então crianças autistas viram adultos autistas. Muitas vezes mal-entendidos, os adultos neurodivergentes podem sofrer com a ignorância de pessoas na sociedade em que vivem, principalmente se seus sintomas se apresentem em níveis mais baixos e se forem mulheres, já que estudos indicam que pessoas do sexo feminino tendem a disfarçar melhor seus sintomas. É importante respeitar o espaço e as condições de todas as pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), independentemente de sua idade ou sexo, e o melhor jeito de descobrir como ajudá-las seria escutando-as.

Enfim, acredito que o autismo deveria ser mais respeitado no Brasil e que é de extrema importância que pessoas com TEA tenham sua própria voz, que o acesso a informação seja mais acessível e que as escolas estejam dispostas a criar um conteúdo mais simplificado e deem mais suporte aos alunos debilitados. Ter uma deficiência intelectual não torna alguém incapaz de ser independente e suas dificuldades precisam ser vistas e respeitadas.